Investing.com - Esta semana, mercados financeiros do mundo todo se concentrarão no relatório de emprego dos EUA, previsto para sexta-feira, na busca de mais indicações sobre a possível trajetória do aumento dos juros pelo Federal Reserve até o fim do ano.
Na zona do euro, investidores aguardam dados mensais de inflação na região para avaliar o momento em que o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa massivo de compra de ativos.
Enquanto isso, no Reino Unido, investidores manterão o foco em relatórios sobre a atividade nos setores da indústria e da construção civil à procura de mais indicações sobre o efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo sobre a economia.
Investidores também estarão bem atentos aos dados mensais do setor industrial da China, que devem demonstrar como está a saúde da segunda maior economia do mundo no início do segundo trimestre.
Além disso, agentes do mercado analisarão dados sobre o PIB do Canadá para avaliar a saúde da economia do país.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.
1. Relatório de Empregos dos EUA
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de maio das folhas de pagamento não agrícolas na sexta-feira às 9h30 (horário de Brasília).
O consenso das previsões é de que os dados mostrarão que houve acréscimo de 185.000 empregos este mês após o aumento de 211.000 em abril, a taxa de desemprego deve se manter estável em 4,4%, enquanto a média de ganhos por hora deve aumentar 0,2% após ter aumentado 0,3% no mês anterior.
Além do relatório de empregos, o calendário desta semana mais curta devido ao feriado também traz dados norte-americanos sobre o crescimento dos setores da indústria e de serviços, confiança do consumidor, vendas de automóveis, gastos pessoais, núcleo do índice de preços de consumo pessoal (PCE) e também os números mensais da balança comercial.
Os mercados nos EUA permanecerão fechados nesta segunda-feira para o Memorial Day.
Operadores de futuros apostam em cerca de 80% de chances de aumento da taxa de juros na reunião do Fed entre 13 e 14 de junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Entretanto, agentes de mercado não estão convencidos de que o Fed conseguirá elevar os juros mais duas vezes este ano, com apostas de um segundo aumento até dezembro atualmente no patamar de 35% de chances.
A média das projeções de dirigentes do Fed aponta para mais dois aumentos até o fim do ano. Contudo, uma série recente de dados econômicos norte-americanos decepcionantes junto com sinais de agravamento da crise política na Casa Branca levaram investidores a levantarem dúvidas sobre a habilidade do Fed elevar as taxas de juros conforme gostariam antes do final do ano.
2. Números da inflação da zona do euro
A zona do euro publicará seus números da inflação em maio às 6h00 desta quarta-feira.
O consenso das previsões aponta que o relatório mostrará que os preços ao consumidor subiram 1,5%, desacelerando do ganho de 1,9% em abril. O núcleo dos preços deve ter aumento de 1,0%, um pouco menos do que o aumento de 1,2% no mês anterior.
Alemanha, França, Itália e Espanha divulgarão seus relatórios próprios de IPC durante a semana.
Além dos dados de inflação, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deve falar sobre desenvolvimentos de política econômica e monetária no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários em Bruxelas nesta segunda-feira.
Na semana passada, Draghi apontou que não haveria alterações na política monetária da zona do euro na próxima reunião de política monetária do BCE em 8 de junho.
3. PMIs da indústria e da construção civil do Reino Unido
O Reino Unido divulgará a leitura da atividade do setor industrial em maio às 05h30 (horário de Brasília) nesta quinta-feira e o relatório do setor de construção na sexta-feira.
O PMI industrial tem projeção de queda de 57,3 no mês anterior para 56,5 agora, ao passo que a atividade da construção civil deve enfraquecer de 53,1 para 52,7.
Os dados divulgados na semana passada mostraram que a economia britânica cresceu apenas 0,2% no trimestre entre janeiro e março, ressaltando preocupações de que a economia estaria se desacelerando com Theresa May, primeira-ministra, se preparando para iniciar as negociações para deixar a União Europeia.
4. Dados da indústria chinesa
A Federação Chinesa de Logística e Compras deve divulgar dados sobre a atividade do setor industrial em maio às 22h00 (horário de Brasília) desta terça-feira, em meio a expectativas de uma redução modesta de 51,2 no mês anterior para 51,0.
O índice industrial Caixin, que se concentra principalmente em pequenas e médias empresas, está previsto para ser divulgado às 22h45 (horário de Brasília) desta quarta-feira. Espera-se que o resultado caia de 50,3 no último mês para o valor atual de 50,1.
Qualquer valor acima de 50,0 aponta expansão, ao passo que leituras abaixo de 50,0 indicam contração na indústria.
A economia chinesa cresceu 6,9% no primeiro trimestre, impulsionada pelos gastos mais altos do governo com infraestrutura. Contudo, o crescimento deve desacelerar uma vez que dirigentes do país tomam medidas para reduzir os riscos financeiros na economia.
5. Números do crescimento econômico do Canadá
O Canadá deve divulgar seus números mensais de crescimento econômico às 09h30 desta quarta-feira. Os dados devem mostrar que a economia cresceu 0,2% em março, na sequência de uma leitura estável no mês anterior.
Em comparação ao ano anterior, a economia tem projeção de crescimento de 3,6%.
Além do relatório do PIB, o Canadá publicará os dados sobre transações correntes e balança comercial.
O Banco do Canadá manteve as taxas de juros estáveis em 0,5% na última semana, afirmando que o crescimento econômico provavelmente será atenuado no segundo trimestre
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