LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de cacau subiram acentuadamente nesta terça-feira, ampliando uma recuperação em relação às mínimas de vários meses, impulsionados pelo aumento dos prêmios próximos, motivados pelas expectativas de escassez de oferta no curto prazo.
CACAU
* O contrato março do cacau de Londres subiu 340 libras, ou 6,8%, a 5.332 libras por tonelada.
* O dezembro do cacau em Nova York subiu 5,1% para 7.267 dólares a tonelada, ampliando a recuperação do mercado em relação à mínima de oito meses de 6.426 dólares alcançada na sexta-feira.
* Os negociantes disseram que o mercado foi apoiado pela força renovada do prêmio de dezembro a março, que subiu para cerca de 500 libras, destacando a escassez de oferta no curto prazo.
* As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, maior produtor, atingiram 285.000 toneladas até 27 de outubro desde o início da temporada em 1º de outubro, um aumento de 26% em relação ao mesmo período da temporada passada, estimaram os exportadores na segunda-feira.
CAFÉ
* O contrato janeiro do café robusta fechou em queda de 104 dólares, ou 2,3%, a 4.398 dólares a tonelada.
* Os comerciantes disseram que a colheita no maior produtor de robusta, o Vietnã, deve começar a ganhar ritmo no mês que vem, com a recente queda nos preços removendo qualquer incentivo para os agricultores começarem cedo.
* Eles observaram que as fortes exportações de robusta (conilon) do Brasil ajudaram a aliviar as preocupações com a escassez de oferta.
* O dezembro do café arábica caiu 1,7% a 2,481 por libra.
* Os comerciantes disseram que as chuvas recentes no Brasil garantiram que a floração principal das safras de arábica fosse forte, mas ainda há incertezas quanto à carga de frutas, pois as árvores sofreram com a seca.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto subiu 0,12 centavos, ou 0,5%, a 22,08 centavos por libra.
* Os revendedores disseram que as chuvas recentes no Brasil podem restringir o fornecimento no quarto trimestre deste ano e no início de 2025.
* O dezembro do açúcar branco subiu 0,7%, para 564,20 dólares a tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)