Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 1º de julho, sobre os mercados financeiros:
1. EUA e China chegam a trégua comercial
Os Estados Unidos e China concordaram no sábado, em encontro bilateral durante a cúpula do G20 no Japão, em reiniciar as negociações comerciais após o presidente Donald Trump concordar em adiar a implementação de novas tarifas e também aliviar as restrições à empresa de tecnologia Huawei, a fim de reduzir as tensões com Pequim.
China concordou em fazer novas compras não especificadas de produtos agrícolas americanos e retornar à mesa de negociações.
Nenhum prazo foi estabelecido para o progresso das negociações, e os dois lados permanecem sem consenso sobre partes significativas para chegar a um acordo.
A mídia estatal chinesa sugeriu que há um longo caminho pela frente para chegar a um acordo final e que mais disputas são esperadas.
2. Apetite pelo risco impulsionado pelo alívio comercial
As ações globais registraram ganhos sólidos na segunda-feira com os EUA e a China concordando em se abster de aumentar ainda mais as tarifas, dando impulso o apetite ao risco.
As ações asiáticas subiram mais de 2%, enquanto as ações europeias saltaram para a maior alta de dois meses.
Os futuros dos EUA apontaram para um ganho de três dígitos no Dow na abertura, prosseguindo com o rali em junho, que foi o melhor desde 1938. Os futuros do Dow saltavam 255 pontos, ou 0,96%, às 8h29, os futuros do S&P 500 subiam 32,13 pontos, ou 1,09%,, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 133 pontos, ou 1,73%.
Quando os investidores colocaram o risco de volta à mesa, os ativos de refúgio seguro, como o ouro, o iene e os títulos de dívida pública, ficaram sob pressão.
A pausa na disputa comercial sino-americana também reduziu as apostas de mercado de que o Federal Reserve cortaria taxas de juros em meio ponto na sua próxima decisão política em 30 e 31 de julho. Os futuros do Fed Fund ainda estipulam uma redução de um quarto de ponto.
3. Opep deve estender cortes de produção após aprovação do Irã
A Opep e seus aliados parecem prontos para ampliar os cortes no fornecimento de petróleo até o fim do ano, enquanto se encontram em Viena, nesta segunda e terça-feira, depois que o Irã se juntou aos principais produtores, Arábia Saudita, Iraque e Rússia, endossando a política.
O ministro iraniano do Petróleo, Bijan Zanganeh, disse a repórteres na segunda-feira que apoiaria a proposta de prolongar os cortes de produção entre seis e nove meses.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse no sábado que concordou com a Arábia Saudita em estender os atuais cortes de 1,2 milhão de barris por dia nos próximos seis a nove meses - até dezembro de 2019 ou março de 2020.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, sugeriu que o acordo provavelmente duraria nove meses e disse que cortes mais profundos não são necessários.
A cotação do petróleo subiu quase 3% nas notícias.
4. ISM em destaque enquanto a manufatura global enfraquece
Os dados divulgados nesta segunda-feira revelaram mais sinais de fraqueza na atividade industrial em todo o mundo, alimentando preocupações sobre o risco de uma recessão global e apoiando o argumento para os bancos centrais tomarem medidas para compensar a deterioração.
A atividade fabril encolheu na maioria dos países asiáticos em junho, quando o conflito comercial entre os Estados Unidos e a China provocou mais tensões no setor manufatureiro da região.
A confiança dos empresários de grandes fabricantes japoneses também piorou para uma baixa de quase três anos no trimestre encerrado em junho.
A atividade de industrial na zona do euro encolheu mais rápido do que o esperado, se contraindo pelo quinto mês consecutivo em junho.
Embora se espere que a trégua entre os Estados Unidos e a China proporcione algum respiro, os analistas expressaram dúvidas de que isso levará a um alívio sustentado das tensões e observaram que a incerteza persistente poderia reduzir o apetite das empresas e o crescimento global.
O Instituto de Gestão de Suprimentos dos EUA (ISM, na sigla em inglês) divulgará seu próprio medidor para a atividade do setor industrial às 11h00. A leitura deverá cair para 51,0, ainda em território de expansão, mas a leitura mais fraca desde agosto de 2016.
5. Bitcoin se esforça para manter US$ 11.000 enquanto correção continua
O Bitcoin se esforçou para manter acima de US$ 11.000 no índice Investing.com, enquanto um rali de duas semanas que disparou a maior moeda digital de capitalização de mercado de US$ 7.888 para quase US$ 14.000 perdia o ímpeto e começava uma correção.
O rali do Bitcoin foi atribuído a uma variedade de fatores de alta que foram interpretados para mostrar uma aceitação mais ampla das criptomoedas em geral.
O LedgerX ganhou aprovação regulatória na semana passada para um contrato futuro de bitcoin que será liquidado em bitcoins, ao invés de dinheiro, enquanto o Facebook (NASDAQ: FB) revelou planos para o lançamento de sua própria moeda digital Libra.
Uma forte tendência de venda de quase 14% na última quinta-feira continuou no fim de semana, com o bitcoin caindo para uma baixa intraday de US$ 10.728,1 durante a noite.
O bitcoin estava em baixa de 6,6% para US$ 11.080,1 por volta das 6h29.
- Reuters contribuiu com esta reportagem