(Corrige quinto parágrafo para "mais da metade da canola exportada" pelo Canadá, não produzida, tem a China como destino)
Por Mei Mei Chu
PEQUIM (Reuters) - A China disse nesta terça-feira que planeja iniciar uma investigação antidumping sobre as importações de canola do Canadá, após Ottawa decidir impor tarifas sobre os veículos elétricos chineses, elevando os preços futuros do óleo de colza doméstico a um pico de um mês.
O Canadá seguiu o exemplo dos Estados Unidos e da União Europeia e anunciou na semana passada uma tarifa de 100% sobre as importações de veículos elétricos chineses e uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados da China.
"A China lamenta veementemente e se opõe firmemente às medidas restritivas unilaterais discriminatórias tomadas pelo Canadá contra suas importações da China, apesar da oposição e dissuasão de muitas partes", disse um porta-voz do Ministério do Comércio chinês em um comunicado.
O ministério disse que a China também iniciará uma investigação antidumping sobre alguns produtos químicos canadenses.
Mais da metade da canola exportada pelo Canadá vai para a China, o maior importador de sementes oleaginosas do mundo. A canola, também chamada de colza em algumas variantes, é usada como óleo de cozinha e em uma ampla gama de produtos, incluindo combustíveis renováveis.
Os futuros do farelo de colza da China na Zhengzhou Commodity Exchange saltaram 6%, para 2.375 iuanes (equivalente a 333,56 dólares) por tonelada métrica, após o anúncio, o valor mais alto desde 6 de agosto.
(Reportagem de Mei Mei Chu, Naveen Thukral e da redação de Pequim)