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Calendário Econômico - 5 principais eventos desta semana

Publicado 25.02.2018, 07:09
© Reuters.  Os 5 principais eventos a serem observados nesta semana nos mercados financeiros
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Investing.com - Mercados financeiros do mundo todo se concentrarão em Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na semana que se inicia, já que ele fará sua primeira importante aparição pública como dirigente do banco central ao fazer declarações sobre a economia perante comissões do Congresso dos EUA.

Ainda nos Estados Unidos, relatórios sobre renda pessoal e gastos pessoais, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal, a métrica preferida do Fed para a inflação, estarão em destaque na semana.

Na Europa, investidores aguardarão dados mensais de inflação para avaliar a velocidade na qual o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa massivo de compra de ativos

Além disso, investidores se concentrarão nem relatórios da atividade no setor industrial e no setor da construção na busca de mais indicações sobre a saúde da economia e sobre a possibilidade de que o Banco da Inglaterra aumente as taxas de juros neste ano.

Na Ásia, participantes do mercado estarão atentos aos dados mensais sobre o setor industrial da China em meio a recentes sinais de que a força da segunda maior economia do mundo permanece forte.

Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.

1. Declaração de Powell, presidente do Fed

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, deverá fazer suas primeiras declarações semestrais sobre política monetária perante comissões do Senado e da Câmara dos EUA em Washington.

Powell deverá falar sobre economia perante a Comissão de Atividades Bancárias do Senado nesta quarta-feira ao meio-dia. Na quinta-feira, ele estará perante a Comissão de Serviços Financeiros da Câmara, também ao meio-dia.

Versões escritas das declarações serão divulgadas 90 minutos antes de seu início.

Os comentários de Powell serão monitorados de perto na busca de qualquer nova percepção sobre suas visões a respeito do aumento recente da inflação e como isso pode afetar a atual trajetória de aumentos de juros. Investidores também observarão seus comentários sobre os mercados em si, levando em consideração o episódio mais recente de aumento de volatilidade.

As mais recentes atas das discussões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), divulgadas na semana passada, geraram especulações de que o banco central norte-americano irá elevar as taxas de juros em um ritmo mais acelerado do que se espera atualmente.

De fato, muitos economistas já começaram a prever quatro aumentos de juros neste ano, mais do que os três que o Fed atualmente prevê, devido a um recente lote de dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação.

O Fed deverá realizar sua próxima reunião de política monetária entre 20 e 21 de março, com futuros da taxa de juros agora apostam em cerca de 80% de chances de um aumento das taxas na reunião, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.

2. Dados da inflação de despesas de consumo pessoal dos EUA

Às 11h30 da próxima quinta-feira, o Departamento de Comércio divulgará dados sobre renda pessoal e despesas pessoais em janeiro, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), a métrica preferida do Fed para inflação.

O consenso das projeções indica que o relatório mostrará que o núcleo do índice de preços PCE subiu 0,3% no mês passado após ter subido 0,2% no mês anterior. Em base anual, espera-se que o núcleo dos preços PCE tenha subido 1,5%, inalterado a partir do mês anterior.

O Federal Reserve utiliza o núcleo PCE como ferramenta para ajudar a determinar se eleva ou abaixa as taxas de juros com o intuito de manter a inflação na taxa de 2% ou abaixo disso.

O calendário desta semana também traz a segunda estimativa do crescimento do PIB no quarto trimestre na quarta-feira, que deverá mostrar uma pequena revisão para baixo de 2,6% para 2,5%.

Relatórios sobre crescimento do setor industrial do ISM, confiança do consumidor do CB, pedidos de bens duráveis, vendas de imóveis novos, vendas pendentes de imóveis e vendas de automóveis no mês também estarão na agenda.

Enquanto isso, em Wall Street, os resultados desta semana incluem balanços de cadeias de lojas varejistas como Macy's (NYSE:M), Nordstrom (NYSE:JWN), Kohl’s (NYSE:KSS) e JC Penney (NYSE:JCP) no que deverá ser a última grande onda da temporada de resultados do quarto trimestre.

Além disso, notícias de Washington deverão manter investidores em alerta, já que a investigação sobre os vínculos da campanha do presidente Donald Trump com a Rússia continua.

3. Inflação da zona do euro

Às 07h00 da próxima quarta-feira, a zona do euro irá apresentar os números da inflação de fevereiro; caso permaneçam fortes, podem pressionar o Banco Central Europeu a se aproximar do encerramento de seu programa massivo de estímulo monetário.

O consenso das projeções aponta que o relatório mostrará que os preços ao consumidor subiram 1,2%, desacelerando um pouco a partir de 1,3% em janeiro, permanecendo aquém da meta do Banco Central Europeu de pouco abaixo de 2%.

Talvez, de forma mais significativa, os números do núcleo da inflação, sem os preços voláteis de energia e alimentos, têm projeções de permanecer em 1,0%, inalterados a partir do mês anterior.

Alemanha, França, Itália e Espanha divulgarão seus relatórios próprios de IPC ao longo da semana.

Além dos dados da inflação, Mario Draghi, presidente do BCE, deverá fazer declaração sobre economia e política monetária perante o Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu em Bruxelas às 11h00 desta segunda-feira.

Como ele avalia os sinais de inflação e quaisquer indicações sobre a rapidez com a qual o banco central irá começar a sair de seu programa de flexibilização quantitativa são os pontos considerados mais importantes.

Atas da mais recente reunião do BCE, divulgadas na semana passada, revelaram que integrantes da instituição rejeitaram até mesmo uma mudança simbólica na mensagem de política monetária do banco, defendendo que seria prematuro sinalizar normalização da política monetária devido à inflação fraca.

Apesar destes comentários, agentes do mercado permanecem convencidos de que a política monetária acomodatícia na região irá chegar ao fim mais rapidamente do que se esperava.

O banco central reduziu suas compras de títulos de 60 bilhões de euros para 30 bilhões de euros em outubro, mas estendeu o programa até o final de setembro de 2018, mencionando pressões moderadas de preços.

A próxima reunião do BCE será em 8 de março.

4. PMIs do Reino Unido

O Reino Unido irá divulgar a leitura da atividade do setor industrial em fevereiro às 06h30 da próxima quinta-feira e o relatório do setor de construção na próxima sexta-feira.

O PMI industrial tem projeção de leve queda de 55,3 no mês anterior para 55,0 agora, ao passo que a atividade da construção civil deve subir um pouco de 50,2 para 50,7.

Além disso, um discurso marcado para sexta-feira de Theresa May, primeira-ministra britânica, sobre a relação do Reino Unido com a União Europeia após o Brexit também estará na agenda, já que desdobramentos do Brexit permanecem em foco.

Embora a economia do Reino Unido esteja atrasada em relação à recuperação global, ela se mostrou melhor do que as previsões sombrias feitas no momento da decisão de 2016 de deixar a União Europeia.

O Banco da Inglaterra manteve as taxas de juros sem alteração no início deste mês, mas sinalizou que é provável que haja aumento dos juros mais cedo do que se esperava meses atrás, já que a instituição busca manter o controle da inflação.

5. PMI industrial da China

A Federação Chinesa de Logística e Compras deverá divulgar dados sobre a atividade do setor industrial em fevereiro às 22h00 da próxima terça-feira em meio a expectativas de um aumento modesto da leitura de 51,3 em janeiro para 51,4.

O índice industrial Caixin, que se concentra principalmente em pequenas e médias empresas, está previsto para ser divulgado às 22h45 da próxima quarta-feira. Espera-se que o estudo tenha redução de 0,2 ponto de 51,5 para 51,3.

O índice da atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) é visto como um bom indicador das condições econômicas e alguns analistas o preferem ao produto interno bruto, que pode ser afetado por ajustes sazonais ruins e é propenso a revisões.

Qualquer valor acima de 50,0 aponta expansão, ao passo que leituras abaixo de 50,0 indicam contração na indústria.

A economia da China cresceu 6,8% no quarto trimestre em comparação ao ano anterior, apoiada por uma recuperação no setor industrial, um mercado imobiliário resiliente e crescimento forte das exportações.

Fique por dentro de todos os eventos econômicos desta semana acessando: http://br.investing.com/economic-calendar/

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