Por Scott Kanowsky
Investing.com – As vendas no varejo do Reino Unido tiveram uma leve alta inesperada em julho em comparação com o mês anterior, recuperando-se de duas quedas mensais prévias, após as compras online superarem o recuo da demanda de combustíveis durante as ondas de calor.
Os volumes de vendas no varejo subiram 0,3%, de acordo com dados da ONS, agência nacional de estatística britânica, que revisou para baixo os declínios de 0,2% e 0,8% ocorridos em junho e maio, respectivamente. Os economistas estavam esperando que os dados mensais registrassem uma contração de 0,2%.
O varejo fora das lojas, especialmente online, teve um salto de 4,8% nas vendas. Informações fornecidas pelas empresas sugeriram que várias promoções contribuíram para impulsionar os gastos dos consumidores, segundo a agência.
A alta ajudou a compensar a queda de 0,9% nas vendas de combustíveis automotivos. A ONS disse haver evidências de que a onda de calor recente na Grã-Bretanha pode ter reduzido as viagens e, consequentemente, a movimentação nas bombas.
No geral, as vendas permaneceram acima dos níveis pré-pandemia, porém abaixo do registrado no ano passado. Os volumes tiveram uma queda de 3,4% em bases anualizadas em julho, após um recuo de 6,1% em junho, sugerindo uma queda mais ampla nos gastos do consumidor à medida que o custo de vida aumenta.
Os números de sexta-feira ocorrem depois que uma pesquisa da empresa GfK mostrou que a confiança do consumidor britânico atingiu seu patamar mais baixo desde que começou a registrar os dados há cerca de meio século. A leitura de agosto do índice confiança do consumidor da GfK caiu para -44, abaixo da marca mensal anterior de -41.
O declínio indica um pessimismo mais amplo em relação ao estado da economia do Reino Unido. Os consumidores estão evitando realizar grandes compras diante da incerteza do cenário econômico, como o primeiro aumento anual de dois dígitos nos preços desde 1982, em julho.
No início deste mês, o Banco da Inglaterra elevou as taxas de juros em 50 pontos-base, maior alta desde 1995, na tentativa de arrefecer a inflação . Os investidores agora preveem que os custos do crédito dobrarão nos próximos seis meses, à medida que o BoE intensifica sua campanha para fazer a inflação convergir para a meta de 2%.