Investing.com — O índice de preços ao consumidor no Japão aumentou levemente mais do que o esperado em setembro, com uma inflação básica mais aderente, embora o número geral tenha caído em relação ao pico dos últimos 10 meses.
O índice de preços ao consumidor (IPC) básico, que exclui itens voláteis como alimentos frescos, cresceu 2,4% em relação ao ano anterior em setembro, segundo dados do governo divulgados na sexta-feira. A leitura ficou acima das expectativas de 2,3%, mas desacelerou em relação aos 2,8% registrados no mês anterior, o nível mais alto em 10 meses.
Um índice subjacente que exclui tanto alimentos frescos quanto preços de energia, monitorado de perto pelo Banco do Japão como indicador da inflação subjacente, subiu para 2,1% em setembro, ante 2% no mês anterior.
A inflação geral do IPC caiu para 2,5%, ante 3% no mês anterior.
A leitura de sexta-feira ocorre em meio a algumas dúvidas sobre o quanto o Banco do Japão terá espaço para continuar elevando as taxas de juros, já que o consumo privado parece estar diminuindo após ter aumentado de forma acentuada no início deste ano.
Mudanças na liderança do Japão também são esperadas para dificultar os planos do Banco do Japão de aumentar as taxas de juros. O novo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, afirmou recentemente que o Japão não estava preparado para outro aumento nas taxas.
Mesmo assim, o aumento da inflação subjacente indicou que a inflação provavelmente continuaria a se manter próxima da meta de 2% do Banco do Japão. A inflação acelerou ao longo deste ano devido aos generosos aumentos salariais conquistados pelos sindicatos japoneses, o que estimulou o consumo.
O Banco do Japão manteve as taxas de juros inalteradas durante a reunião de setembro, mas previu que a inflação permaneceria elevada e no caminho para atingir de forma sustentável sua meta anual de 2%.