A inflação ao consumidor (CPI) do Chile subiu 0,5% em julho ante junho e 4,6% na base anual. O valor ficou acima das projeções de analistas consultados pela FactSet, que esperavam alta de 0,6% ao mês e 4,2% ao ano.
Após a surpresa na inflação ao consumidor, o peso chileno se fortaleceu contra o dólar e operava na contramão das demais moedas emergentes.
Segundo a Pantheon, o forte ganho registrado em julho é consequência principalmente de tarifas mais elevados de eletricidade, e o impulso inflacionário deve permanecer. "O governo precisa liquidar sua dívida com geradores de eletricidade após quase cinco anos de congelamento de preços, e os consumidores continuarão a sentir o impacto nos próximos meses", afirma.
Com isso, a Pantheon prevê que o BC do Chile deve manter a taxa de juros inalterada no próximo encontro, em setembro, e retome a flexibilização monetária somente no fim deste ano, com a estabilização dos preços de energia. "Os riscos para a perspectiva de inflação estão claramente inclinados para cima", avalia.
Às 12h10 (de Brasília), o dólar recuava a 937,42 pesos chilenos.