LONDRES (Reuters) - A atividade empresarial da zona do euro permaneceu forte neste mês, mesmo recuando da máxima de duas décadas de julho, uma vez que a rápida vacinação contra o coronavírus permitiu a reabertura de mais empresas, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Sem os problemas na cadeia de oferta, a atividade poderia ter expandido mais rápido, mas temores de que novas cepas do coronavírus possam levar a novas restrições continuaram a pesar sobre o otimismo.
O PMI preliminar do IHS Markit, considerado um bom guia da saúde econômica, caiu a 59,5 em agosto de 60,2 no mês passado. A leitura ficou acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, e pouco abaixo da expectativa de 59,7 em pesquisa da Reuters.
"A recuperação econômica da zona do euro manteve o ímpeto impressionante em agosto, com o PMI caindo apenas ligeiramente ante a recente máxima de julho para colocar a média no terceiro trimestre até agora no nível mais alto em 21 anos", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.
"Os atrasos nas cadeias de oferta continuam a causar problemas, no entanto, deixando as empresas muitas vezes incapacitadas de atender à demanda e elevando os custos das empresas."
Os empresários elevaram as contratações a um ritmo quase recorde, mas ainda assim não conseguiram finalizar todas as encomendas que entraram, acumulando pedidos em atraso no terceiro ritmo mais rápido na história da pesquisa. O subíndice composto de emprego ficou em 56,1.
O PMI do setor de serviços caiu a 59,7 ante a máxima de 15 anos de julho de 59,8 e expectativa em pesquisa da Reuters de 59,8.
A indústria teve outro mês sólido, com o PMI do setor em 61,5, embora abaixo dos 62,8 de julho e da expectativa de 62,0. O subíndice de produção ficou em 59,2, de 61,1.
(Reportagem de Jonathan Cable)