PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China expandiu no ritmo mais fraco em sete meses no início de 2021, pressionada pela queda nas encomendas de exportação em meio à pandemia global e ao aumento dos custos, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
A desaceleração no setor industrial destaca a fragilidade da recuperação econômica na China, que enfrenta o ressurgimento dos casos locais de Covid-19 bem como o aumento das tensões com os Estados Unidos e seus aliados.
O PMI do Caixin/Markit caiu a 51,5 no mês passado, nível mais fraco desde junho do ano passado e bem abaixo dos 53,0 de dezembro. A marca de 50 separa crescimento de contração. Analistas consultados pela Reuters projetavam leitura de 52,7.
A pesquisa fica em linha com o PMI oficial divulgado no domingo, que mostrou que a recuperação no setor desacelerou conforme aumentaram os casos de Covid-19.
O subíndice de produção do PMI do Caixin/Markit recuou a 52,5 em janeiro, ritmo mais lento de expansão desde abril do ano passado, enquanto o subíndice de novas encomendas caiu a 52,2, nível mais baixo desde junho.
Em particular, as encomendas para exportação voltaram a contrair em janeiro, encerrando série de cinco meses de ganho já que a pandemia global pressionou a demanda externa.
"A medida para expectativa futura de produção foi a mais baixa desde maio do ano passado, embora tenha permanecido em território positivo, mostrando que os empresários ainda estão preocupados com a sustentabilidade da recuperação econômica", disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.
(Reportagem de Stella Qiu e Ryan Woo)