Por William Schomberg e Andy Bruce
LONDRES (Reuters) - A economia britânica cresceu 1,1% em setembro na comparação com agosto, abaixo do esperado mesmo antes das mais recentes restrições a empresas devido à Covid-19, ficando atrás de outros países em sua recuperação do choque da pandemia.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que a expansão desacelerasse a 1,5% em setembro. Os dados oficiais desta quinta-feira destacam que a economia deve voltar a contrair conforme 2020 chega ao fim, em meio ainda à incerteza sobre um prazo de 31 de dezembro para o acordo do Brexit.
Entre julho e setembro, o Produto Interno Bruto cresceu um recorde de 15,5% sobre o trimestre anterior. Mas isso não foi suficiente para compensar as perdas de quase 20% no segundo trimestre, que incluiu o primeiro lockdown.
A economia está sendo impulsionada por mais de 200 bilhões de libras em gastos emergenciais e cortes de impostos determinados pelo ministro das Finanças, Rishi Sunak. Também ajuda o programa de compra de títulos do banco central britânico, agora ampliado para quase 900 bilhões de libras.
Apesar desses esforços, o Reino Unido, que passou de 50 mil mortes por coronavírus na quarta-feira, o número mais alto da Europa, sofreu a maior queda do PIB entre as principais economias listadas pela Agência para Estatísticas Nacionais.
Economistas dizem que isso aconteceu porque as medidas iniciais de lockdown duraram mais do que em outros países e tiveram um impacto particularmente forte sobre serviços, setor que compõe 80% da economia britânica.