Investing.com – O calendário da próxima semana vai contemplar, além de dados de inflação no Reino Unido e nos países que fazem parte da Zona do Euro e de crescimento da China, informações sobre a atividade econômica brasileira, incluindo o IBC-Br, vendas no varejo e crescimento do setor de serviços.
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Calendário brasileiro
A semana inicia, como de costume, com dados do Boletim Focus na segunda-feira, com projeções de economistas consultados pelo Banco Central a respeito de dados macroeconômicos, incluindo Produto Interno Bruto (PIB), inflação, Selic e dólar.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga dados da variação do setor de serviços de novembro na terça e do comércio varejista na quarta-feira. As vendas no varejo recuaram 0,3% em outubro na base mensal, na série com ajuste sazonal, após crescimento de 0,5% no mês anterior. O volume de serviços no Brasil caiu 0,6% frente a setembro, terceiro resultado negativo consecutivo do indicador.
Ainda, haverá a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro na quinta. O indicador, que é sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, apresentou queda de 0,06% em outubro e a retração trimestral chegou a 0,42%.
“O que chama atenção é que, apesar da desaceleração da atividade na margem, o mercado de trabalho permanece resiliente, com a taxa de desocupação em patamar que é amplamente entendido como abaixo de seu nível de equilíbrio”, aponta a Porto Asset em nota ao mercado.
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Dados internacionais
No cenário externo, como os mercados americanos fecham devido ao feriado do Dia de Martin Luther King, Jr, a liquidez será menor no início da semana, na segunda. A inflação será o foco nos próximos dias, com destaque para dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido e Zona do Euro na quarta, além do Japão na quinta-feira.
De acordo com Philip Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), cortes nos juros não são um tópico de discussão no curto prazo. Enquanto isso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o início do ciclo de diminuição nas taxas somente deve ocorrer se houver clareza de que inflação caiu para o nível de 2%.
Informações sobre o crescimento da economia alemã serão relevadas na segunda, mas os investidores estarão mais atentos ao PIB chinês na terça. O gigante asiático registrou recorde na importação de petróleo em 2023, enquanto a de soja subiu 11% no ano passado, sendo esta a primeira alta verificada em três anos. As compras do mercado externo como um todo apresentaram acréscimo de 0,2% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações subiram 2,3%. Assim, o Itaú BBA espera que a meta de crescimento da economia chinesa que deve ser divulgada março fique em torno de 5%, igual a de 2023.
“A China precisa encontrar um novo motor de crescimento. Sofre com maior descolamento do mundo e inovações de veículos elétricos, baterias e painéis elétricos não parecem ser suficientes”, aponta o banco em relatório, ao avaliar que os estímulos não mudam os desafios estruturais do país.