Investing.com – Em meio ao processo de desinflação global, as atenções estão voltadas para a divulgação de dados de preços ao consumidor na próxima semana, com destaque para Brasil, Estados Unidos e China. Outros países também trazem dados de inflação, como Suíça, Japão e Espanha.
PROMOÇÃO DE ANO NOVO: Tenha mais desconto no plano bianual com cupom “investirmelhor1”
Cenário doméstico
A agenda local é mais modesta com a divulgação do Boletim Focus do Banco Central na próxima segunda, além da Confiança do Consumidor Reuters/Ipsos de janeiro na quarta-feira. Na quinta, durante a manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro. Em novembro, o IPCA subiu 0,28%, com alta de 4,68% em doze meses.
Para o indicador de dezembro, a Warren estima uma alta de 0,49%, levando a inflação em 2023 a 4,55%. Andréa Angelo, estrategista de inflação, em entrevista exclusiva do Investing.com Brasil, afirma que para dezembro, entre os principais riscos altistas, está a alimentação, além da devolução de descontos da Black Friday, em sua visão. “Mesmo que nesta Black Friday, o evento tenha sido mias fraco em relação a preço, a gente vê que em algum momento esses preços voltam. Então pode ser que a gente tenha alimentação um pouquinho mais forte em dezembro e esses preços de retorno da Black Friday também trazendo mais para cima”, avalia.
CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com
Agenda Internacional
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Suíça será conhecido na segunda, assim como do Japão. Dados de vendas no varejo na Zona do Euro e no Reino Unido também serão contemplados no início da semana.
As taxas de desemprego da Suíça, Itália, assim como de toda Zona do Euro serão apresentadas na terça, além da produção industrial alemã e balança comercial americana.
Na quarta, PIB, o mercado repercute a produção industrial e vendas no varejo da Suécia. A Itália divulga dados do varejo e os EUA no atacado. Na quinta, produção industrial na Espanha, Itália, e pedidos de seguro-desemprego nos EUA estarão em foco, mas o destaque fica por conta do IPC dos EUA. A China também divulga o IPC na quinta, assim como preços ao produtor.
Em novembro, o IPC americano apresentou alta de 0,1%, levando a um acréscimo de doze meses de 3,1%. O núcleo subiu 0,3%, com alta anual de 4%. Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, destaca que as expectativas são de um pequeno aumento em relação à leitura de novembro, mas ainda apontando para um cenário benigno de desinflação gradual, mas ainda longe da meta de 2% do Federal Open Market Committee (FOMC).
"Apesar do FOMC normalmente não colocar muito peso em apenas um indicador mensal, um número muito acima das projeções para a inflação de dezembro deverá ser interpretado pelo mercado como um sinal de que os cortes de juros só terão início a partir do segundo trimestre, impactando a precificaçao de ativos", espera.
Na sexta, os mercados estarão atentos a dados da balança comercial da China, Produto Interno Bruto (PIB) e produção industrial do Reino Unido, IPC da Espanha e Índice de Preços ao Produtor nos EUA.