Por Alun John e Samuel Shen e Tom Wilson
XANGAI (Reuters) - Reguladores da China intensificaram nesta sexta-feira a repressão às criptomoedas, proibindo todas as transações e mineração desses ativos, atingindo o bitcoin e outras moedas e pressionando ações ligadas ao setor e ao blockchain.
Dez agências, incluindo banco central, reguladores bancários, de valores mobiliários e de câmbio, prometeram trabalhar juntas para erradicar a atividade "ilegal" de criptomoeda, a primeira vez que as agências uniram forças para proibir explicitamente todas as atividades com criptomoedas.
"Ficou claro que a China não apoiará o desenvolvimento do mercado de criptomoedas, pois vai contra suas políticas de elevar o controle sobre o fluxo de capital e as tecnologias", disse George Zarya, presidente da Bequant, em Londres.
O Banco do Povo da China (PBOC) informou que as criptomoedas não devem circular como moedas tradicionais e que as bolsas estrangeiras estão proibidas de fornecer serviços aos investidores do país via internet, cortando empresas como Coinbase (NASDAQ:COIN) (SA:C2OI34) e Binance da segunda maior economia do mundo.
O PBOC também barrou que instituições financeiras, empresas de pagamento e firmas de Internet facilitem o comércio de criptomoedas em nível nacional.
O governo chinês "reprimirá resolutamente a especulação com moeda virtual e atividades financeiras correlatas e mau comportamento, a fim de salvaguardar as propriedades das pessoas e manter a ordem econômica, financeira e social", disse o PBOC.
O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, caiu mais de 6% para 42.2167 dólares após a notícia.
Moedas que normalmente acompanham o bitcoin, também caíram. Ether e XRP sofreram quedas de 10% cada.
A declaração ocorreu depois que o Conselho de Estado da China prometeu em maio reprimir a mineração e comércio de bitcoins como parte de um esforço mais amplo para mitigar os riscos do sistema financeiro, sem entrar em detalhes.