Por Tom Westbrook
CINGAPURA (Reuters) - O bitcoin caía nesta sexta-feira, caminhando para sua maior queda semanal desde setembro, impactado por preocupações com regulamentação, que atropelou um recente rali que o levou a renovar máximas.
A criptomoeda mais popular do mundo chegou a cair mais de 5% para a mínima de quase três semanas, a 28,8 mil0 dólares na Ásia, antes de se estabilizar perto de 32 mil dólares. O bitcoin perdeu 11% até agora nesta semana, a maior desvalorização semanal desde uma queda de 12% em setembro.
Traders afirmaram que um relatório publicado no Twitter pela BitMEX Research sugerindo que parte de um bitcoin pode ter sido gasta duas vezes foi suficiente para desencadear a venda, mesmo que as preocupações fossem posteriormente resolvidas.
"Você não gostaria de racionalizar muito em um mercado que é tão ineficiente e imaturo quanto o do bitcoin, mas certamente há uma reversão no ímpeto", disse Kyle Rodda, analista da IG Markets em Melbourne, após o relatório da BitMEX.
O bitcoin estava sendo negociado mais de 20% abaixo da máxima de 42 mil dólares atingida há duas semanas, perdendo terreno em meio a temores crescentes de que seja uma entre várias bolhas de preços e que as criptomoedas atraiam a atenção dos reguladores.
Durante uma audiência no Senado dos EUA na terça-feira, Janet Yellen, a escolha do presidente Joe Biden para chefiar o Tesouro dos EUA, expressou preocupações de que as criptomoedas possam ser usadas para financiar atividades ilegais.
Isso se seguiu a uma declaração na semana passada da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pedindo a regulamentação global do bitcoin.
Ainda assim, alguns disseram que o recuo é natural para um ativo que se valorizou cerca de 700% em relação à mínima de 2020 de 3,85 mil dólares, atingida em março.
"É um ativo altamente volátil", disse Michael McCarthy, estrategista da corretora CMC Markets em Sydney.