Por Gabriella Borter
NOVA YORK (Reuters) - O distrito escolar da cidade de Nova York, o maior dos Estados Unidos, vai interromper o aprendizado presencial a partir de quinta-feira, anunciou o prefeito Bill de Blasio, na mais recente medida restritiva para conter o avanço das infecções por Covid-19.
A decisão do prefeito, anunciada nesta quarta-feira no Twitter, ocorre no momento em que autoridades governamentais em dezenas de Estados reforçam ou implementam medidas de isolamento em meio a uma taxa sem precedentes de novas infecções por Covid-19 sendo registradas conforme o país se aproxima do inverno.
"A cidade de Nova York atingiu patamar médio de 3% de positividade nos testes em 7 dias. Infelizmente, isso significa que os prédios das escolas públicas serão fechados a partir de amanhã, quinta-feira, 19 de novembro, por cautela", escreveu de Blasio no Twitter. "Precisamos lutar contra a segunda onda de Covid-19."
A taxa de testes positivos da cidade de Nova York tem aumentado constantemente depois de uma queda drástica durante o verão, enquanto os números de novos casos positivos e hospitalizações dispararam em outras regiões nas últimas semanas.
Em todo o país, o número de pacientes hospitalizados com Covid-19 ultrapassou 75.000 na terça-feira, estabelecendo um novo recorde. O Meio-Oeste se tornou o epicentro da crise nos Estados Unidos, ao registrar quase meio milhão de casos na semana que terminou na segunda-feira.
Na terça-feira foram relatadas 1.596 mortes por coronavírus nos EUA, mais do que em qualquer dia desde 27 de julho, elevando o total para 248.898 desde o início da pandemia, de acordo com uma contagem da Reuters.
"Nunca estive tão preocupado desde que esta pandemia começou", disse o doutor Tom Inglesby, diretor do Centro Johns Hopkins para Segurança da Saúde, à CNN nesta quarta-feira.
(Reportagem de Gabriella Borter em Nova York e Anurag Maan em Bengaluru)