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Prêmio de aço encolhe e distribuidores veem chance de usinas elevarem preços de aço, diz Inda

Publicado 19.12.2023, 11:51
© Reuters. Funcionário trabalha em forno da Usimina em Ipatinga, Minas Gerais 
17/04/2018
REUTERS/Alexandre Mota
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Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - A associação de distribuidores brasileiros de aços planos, Inda, avalia que as usinas siderúrgicas poderão elevar seus preços no Brasil no primeiro bimestre em cerca de 5% a 6%, diante de um quadro no mercado interno de redução da diferença do valor cobrado pela liga ante o estabelecido no exterior, o chamado prêmio.

"O prêmio hoje, com dólar a 4,90 e com esses pequenos reajustes aplicados lá fora, está um pouco abaixo de 10% e isso é muito baixo", disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.

"As usinas estão muito apertadas e há um movimento grande delas para ajustar alguma coisa (nos preços no Brasil)", acrescentou Loureiro.

Essa redução no prêmio cria um quadro que não estimula importações, afirmou o executivo. Mais cedo neste ano, os prêmios chegaram a ficar acima de 20%, o que incentivou em parte um pico histórico de importações de aço em setembro que motivou o setor a ampliar a cobrança por uma tarifa de 25% sobre importações da liga pela China.

Em novembro, as importações de aço plano subiram 35,3% segundo os dados do Inda, para 212 mil toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ante outubro, a importação subiu 3,6%.

"Nesse último mês se fechou muito pouco negócio de importação já que o prêmio é pequeno em função de um mercado mais fraco, sem grande demanda, isso faz com que não haja grandes volumes de importação", afirmou Loureiro.

Em novembro, as vendas dos distribuidores de aços planos subiram 13% na comparação com um ano antes, para 328 mil toneladas, mas caíram 3,5% ante outubro. Para dezembro, a expectativa do Inda é de queda de 15% nas vendas ante o mês passado, para 279 mil toneladas.

O Inda, que começou o ano estimando crescimento de 3% nas vendas de aço plano pelos distribuidores, mas reviu a expectativa para 1% em meados do ano, espera expansão de cerca de 3% na comercialização em 2024, para algo em torno de 3,9 milhões de toneladas.

O acumulado de janeiro a novembro mostra um crescimento de 1,8% nas vendas dos distribuidores sobre o mesmo período de 2022, a 3,54 milhões de toneladas, uma situação diferente da vivida pelas usinas siderúrgicas do país. Segundo dados do Aço Brasil, as vendas de aço das usinas somaram 18 milhões de toneladas no período, queda de 5% sobre o mesmo período do ano passado, pressionadas pela rivalidade com as importações.

Loureiro comentou que considera as importações como importantes para o equilíbrio do mercado interno, mas que "não há como negar que a China tem praticado 'dumping'" -- vendas com preços abaixo do custo de produção -- no mercado brasileiro.

Segundo o presidente do Inda, como as importações de aço no país estão desacelerando após o pico visto em setembro, "o momento áureo para pedir esse imposto já passou", disse, se referindo ao imposto de 25% sobre importações de aço da China.

"A indústria não tem que discutir volume (de importações) agora, mas discutir a deslealdade do mercado (pelas importações de aço da China)", afirmou, se referindo ao pleito da tarifa comercial sobre aço chinês.

© Reuters. Funcionário trabalha em forno da Usimina em Ipatinga, Minas Gerais 
17/04/2018
REUTERS/Alexandre Mota

Porém, Loureiro avalia que o governo brasileiro não tem motivação neste momento para desagradar a China, importante investidora do país e grande parceira comercial, com a imposição de tarifa sobre aço chinês.

"Parece-me razoável (a tarifa de importação de 25%)... Mas acredito que o governo não está com disposição de criar atrito com os chineses", disse o presidente do Inda.

(Edição Paula Arend Laier e Patrícia Vilas Boas)

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