Investing.com - O preço do petróleo avançou nesta segunda-feira (15/5) após os ministros da Arábia Saudita e da Rússia dizerem que apoiariam uma prorrogação do acordo de corte na produção até março de 2018.
Em Nova York, os contratos futuros para entrega em junho avançaram 2,11% para fechar a US$ 48,85 o barril, enquanto o Brent ganhou 2,44%, em Londres, e encerrou o pregão a US$ 51,84 o barril.
A preocupação dos investidores sobre a extensão do acordo diminuiu nesta segunda-feira, após os grandes exportadores Rússia e Arábia Saudita apoiarem a ideia de estender o acordo para redução da oferta por nove meses, até março de 2018.
Em uma declaração conjunta após uma reunião em Pequim, Khalid al-Falih, ministro saudita de energia, e Alexander Novak, ministro russo de energia, afirmaram que chegaram a um acordo para prolongar o pacto existente por mais nove meses até março de 2018.
“Houve uma redução nos estoques, mas nós não estamos indo na direção de onde gostaríamos na média de cinco anos”, disse al-Falih.
Os ministros prometeram "fazer o que for necessário" para reduzir os estoques globais para sua média de cinco anos e expressaram otimismo de que eles irão garantir apoio de produtores além dos que já estão no pacto atual”.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
A decisão final se o pacto será ou não estendido para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
O petróleo bruto caiu para a mínima de cinco meses no início desse mês em meio a receios de que a crescente recuperação na produção nos EUA tenha abalado a fé dos investidores na habilidade da OPEP reequilibrar o mercado.
Exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 17.ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, divulgados na sexta-feira.
A contagem de sondas nos EUA aumentou em 9 para 712, ampliando uma recuperação de 11 meses na atividade de extração e chagando ao nível mais alto desde agosto de 2015, indicando que mais ganhos na produção doméstica estão a caminho.