O ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 19, estendendo perdas pelo sexto dia consecutivo, após o Federal Reserve (Fed) indicar que deve desacelerar o ritmo de cortes de juros em 2025. O metal precioso ficou pressionado pelos rendimentos longos dos Treasuries, alçados aos maiores níveis desde maio, e pela alta do dólar.
O ouro para fevereiro fechou em queda de 1,70%, a US$ 2.608,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Após a decisão do Fed de ontem, o mercado passa a ver cenário mais provável de redução acumulada de apenas 25 pontos-base na taxa básica americana até dezembro do ano que vem. "A mudança hawkish do BC americano significa que teremos de lidar com um dólar forte até 2025", afirmam os analistas da Peak Trading Research, o que pode prejudicar o metal dourado.
Olhando para o futuro, a perspectiva econômica de curto a médio prazo dos EUA pode trazer mais ventos contrários do que favoráveis para o ouro, estendendo a consolidação atual. No longo prazo, porém, a retomada das compras pelo Fed deve elevar os preços novamente, diz o Julius Baer em análise.
Depois de um ano "brilhante" para o ouro em 2024, o metal precioso está no caminho certo para um ganho apenas modesto no próximo ano, avalia o RBC Capital Markets, com previsão média de US$ 2.771 por onça-troy em 2025 e US$ 2.848 em 2026.
Poderá haver uma queda nos preços se os fatores macroeconômicos negativos se afirmarem mais do que o esperado ou se houver uma falta de incerteza, mas o RBC também observa uma possível alta se as condições incitarem fluxos significativos de redução de risco ou se houver uma demanda mais forte pelos bancos centrais.
*Com informações da Dow Jones Newswires