O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 7, em meio à depreciação do dólar no exterior, o que tende a apoiar a commodity. O metal precioso se recuperava após tombo de mais de 2% ontem, enquanto investidores ponderam sobre os efeitos de um novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
O ouro para dezembro fechou em alta de 1,10%, a US$ 2.705,80 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na máxima, o metal tocou US$ 2.707,80 por onça-troy.
A alta do dia reflete as perdas do dólar ante as principais moedas globais, à medida que investidores corrigem os excessos do "Trump Trade", que impulsionou a divisa americana ao redor do mundo na quarta-feira.
O ouro tinha visto apostas ampliadas dos traders durante a corrida eleitoral americana, e a vitória de Trump foi, portanto, provavelmente o catalisador para muitos compradores de ouro interessados em vender suas participações e realizar lucros, diz a SP Angel.
"Os preços ainda devem permanecer elevados, dada a construção de reservas estrangeiras por nações não ocidentais, lideradas pela Rússia e pela China. Caso o mercado de trabalho dos EUA também mostre sinais de enfraquecimento, o reaquecimento das preocupações com recessão também daria suporte ao ouro", acrescenta a consultoria.
Na mesma linha, o banco ING acredita que o impulso positivo do ouro continuará no curto e médio prazos, já que as taxas de juros diminuem e a diversificação das reservas estrangeiras continua em meio às tensões geopolíticas, criando uma "tempestade perfeita" para o metal precioso.
No radar, investidores também se mantêm atentos à divulgação da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) nesta tarde. O mercado precifica de forma praticamente unânime (99%) um corte de 0,25 pp da taxa básica de juros, conforme a plataforma CME Group.