(Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta sexta-feira em meio ao sentimento de aversão a risco nos mercados financeiros devido ao agravamento do conflito Ucrânia-Rússia, mas estavam a caminho de um ganho semanal, sustentado pela demanda sólida.
O minério de ferro mais negociado em janeiro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China recuou 1,2%, a 768,50 iuanes (106,06 dólares) por tonelada. Ainda assim, o contrato subiu 2,9% na semana.
O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura caía 1,3%, a 100,70 dólares a tonelada, enquanto na semana, a alta foi de 5,5% até agora.
"A produção diária de metal quente (da China) tem se mantido estável e em um nível alto... o que significa que o consumo de minério de ferro continua forte mesmo na baixa temporada de inverno", disse um trader.
"Em segundo lugar, agora há uma reposição de estoques de inverno para as usinas, como fica evidente pelo aumento nos estoques mantidos", acrescentou o trader.
"Acreditamos que o aumento anticíclico na produção de aço chinesa visto nas últimas semanas pode ser um sinal de antecipação da produção e das exportações antes das potenciais tarifas dos EUA no ano que vem", disseram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) em nota.
No entanto, o sentimento de aversão a risco nos mercados financeiros devido ao crescente conflito na guerra entre Ucrânia e Rússia pesou sobre os preços.
A Rússia disparou um míssil balístico hipersônico de alcance intermediário contra a cidade ucraniana de Dnipro na quinta-feira, intensificando ainda mais a guerra de 33 meses.
Possíveis ameaças de imposição de tarifas sobre produtos chineses também podem reduzir a demanda por metais no ano que vem.
(Reportagem de Mai Nguyen em Hanói)