A Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) viu o valor de suas ações cair quase 45% desde dezembro, refletindo preocupações dos investidores após o CEO Elon Musk declarar apoio público à vitória de Donald Trump nas eleições. Esse posicionamento gerou receios sobre possíveis distrações que poderiam comprometer o foco da empresa em seus principais negócios.
Apesar da queda acentuada, a Tesla continua sendo avaliada a níveis elevados, sustentada por apostas especulativas em tecnologias futuras, como veículos autônomos e robôs humanoides, que ainda não se concretizaram.
Tesla enfrenta múltiplos desafios com vendas em queda
O negócio principal da Tesla, a fabricação de veículos elétricos, enfrenta dificuldades crescentes. As vendas estão em retração, enquanto a concorrência de outras montadoras, especialmente da chinesa BYD (SZ:002594), se intensifica.
Além disso, a mudança de estratégia da empresa, priorizando o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma em detrimento da produção em massa de veículos elétricos, ainda não trouxe os resultados esperados. O avanço nessa área tem sido dificultado por desafios regulatórios, dado que a implementação dessas inovações exige superar um cenário jurídico complexo.
O mercado segue dividido sobre o futuro da Tesla: enquanto alguns analistas questionam sua elevada avaliação de mercado, outros mantêm otimismo quanto à visão ambiciosa de Musk.
Resumo do desempenho das ações
Na segunda-feira, os papéis da Tesla fecharam a US$ 222,15, acumulando uma queda de 15,4% desde o fechamento de sexta-feira. Nos últimos 12 meses, o preço da ação variou entre uma mínima de US$ 138,80 e uma máxima de US$ 488,54.
A empresa possui valor de mercado de US$ 773,22 bilhões e apresenta um índice P/L (preço sobre lucro) de 117,26, indicando uma avaliação elevada em relação aos lucros. A receita total soma US$ 97,69 bilhões, e a recomendação média dos analistas é de "manter", refletindo um otimismo cauteloso.
Nos últimos meses, a ação da Tesla demonstrou alta volatilidade, com variações expressivas entre fevereiro e início de março. No dia 10 de fevereiro, abriu a US$ 356,21 e fechou a US$ 350,73, enquanto no dia 27 do mesmo mês, iniciou a sessão a US$ 291,16 e encerrou a US$ 281,95. As projeções dos analistas para o preço-alvo variam entre US$ 135,00 e US$ 550,00, com uma média de US$ 344,82, demonstrando diferentes expectativas para o desempenho futuro da companhia.
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