Dentro da indústria de investimentos, existem uma série de produtos e serviços criados para atender diferentes perfis de clientes. Para quem está começando, existem fundos e ativos que aceitam aportes de menos de R$100.
Já para os que estão há algum tempo investindo, existem as casas de research e as assessorias de investimentos, que oferecem soluções mais adequadas a depender do montante disponível para investir. E por aí vai.
Em um nível mais alto de renda, um dos serviços mais conhecidos e utilizados é o de wealth management, ou gestão de patrimônio na tradução para o português.
Em geral, este tipo de solução é voltada para pessoas e famílias que possuem um grande volume de recursos, seja mobiliário ou imobiliário.
Isto porque quando a pessoa chega em um determinado patamar financeiro, os impostos e a gestão dos riscos mudam. Em outras palavras, uma coisa é você comprar um lote de ações por R$500 e outra coisa é fazer uma aquisição de R$5 milhões.
É preciso ter planejamento e estratégia nos dois casos, mas, no segundo, o estrago pode ser bem maior.
Mas, como este serviço funciona na prática?
Em primeiro lugar, ao contratar o serviço de wealth, o maior benefício talvez esteja na questão do planejamento tributário e sucessório.
Ao analisar o perfil e os bens do cliente, o especialista criará um plano de ação listando cada um dos objetivos descritos levando em consideração, principalmente, taxas e impostos.
Neste plano, o profissional indicará as ferramentas necessárias para a preservação e crescimento do patrimônio de cada pessoa.
Para ilustrar, vamos olhar para a questão tributária. Existem, por exemplo, casos de consultores que buscam rebalancear a carteira de um cliente em busca de uma incidência menor de impostos.
Ou seja, o ganho da rentabilidade pode até ocorrer por conta da performance do ativo em questão, mas, o maior benefício está nos incentivos fiscais de determinados investimentos.
Encontrar essas distorções é um trabalho complexo que requer um olhar especializado.
Em segundo lugar, vem a questão da gestão e diversificação de portfólios de acordo com o perfil de cada pessoa.
Além da otimização tributária que eu comentei acima, é também papel do consultor de wealth buscar oportunidades de investimentos alinhadas com o perfil do investidor.
Algumas das classes mais buscadas pelos mais ricos são private equity e os alternativos. Isto porque, em geral, essas opções costumam trazer negócios exclusivos e altos níveis de retorno.
Novamente, identificar essas possibilidades é papel de especialistas altamente qualificados.
Além disso, as duas categorias citadas acima podem embutir um alto nível de risco, e, a depender do perfil do investidor, é preciso que ajustes sejam feitos.
Existem, por exemplo, muitos clientes de wealth que são empresários de grande projeção. Comandam dois, três, quatro, cinco e dezenas de empresas Por isso, naturalmente, já tomam muito risco no dia a dia como empreendedores.
Para esta pessoa, o mais recomendado poderia ser uma carteira considerada conservadora. Os ativos desse indivíduo, em tese, devem ter liquidez e baixo risco de perdas uma vez que este cliente já tem uma parte importante de seu patrimônio exposto como empreendedor.
Ou seja, ele não pode correr o risco de quebrar em duas frentes e o seu consultor precisa prever isso.
De modo geral, um wealth management será o responsável pela construção de uma estratégia que tenha os objetivos do cliente como foco, porém, com orientação para que aquele patrimônio construído com muito esforço possa se perpetuar.
E isso com a ajuda de profissionais especializados em cada uma de suas áreas de atuação, de economistas que fazem a leitura de cenários econômicos até analistas e advogados.
Por fim, os ricos, ao investir, estão sempre de olho no longo prazo. Eles possuem seus negócios, mas sabem que ter um planejamento que considere suas questões familiares e objetivos de vida é fundamental.
Pense nisso e até o próximo artigo!