O mercado europeu amanheceu com o freio de mão puxado.
Talvez tenham sido dias de tensão e incertezas demais e, agora que parece que a coisa se tranquilizou no front grego, as bolsas estão tendo umas pequenas férias.
Como ocorre sempre que há falta de notícias, os movimentos costumam ser erráticos, ainda que neste caso a obtenção de lucro pese muito. Após duas excelentes semanas para os principais índices do velho continente (12% para o EuroStoxx e o MIB, 10% para o DAX, IBEX e CAC e 5% para o FTSE), o mais lógico será ver correções após a publicação dos resultados trimestrais, que serão, por falta de novos estímulos, os atores principais do que resta deste mês. Hoje conheceremos os dados da Microsoft e do Yahoo.
Um dado interessante que ilustra até que ponto os mercados se conformaram com a resolução da questão grega é que hoje o Tesouro Espanhol conseguiu recuperar as rentabilidades negativas em seus títulos a 3 meses. Isto significa que a Espanha está ganhando dinheiro para receber financiamento a 3 meses.
As matérias-primas continuam dando o que falar. Tanto os metais preciosos como os industriais e as matérias-primas energéticas continuam sofrendo com a desaceleração do setor de commodities, ainda que o grosso das quedas esteja concentrado nas soft commodities (agrícolas).
No plano dos dados macro, não há muitas referências hoje. Esta tarde teremos a leitura das Reservas Semanais de Crude nos EUA. O resultado desta leitura poderia influenciar o movimento do crude, em especial o WTI.