Em mais um dia hiper volátil ontem, no qual, na mínima do dia, o dólar comercial chegou a ser vendido a R$ 5,035 refletindo dados da inflação ao consumidor dos EUA, que ficou estagnada em julho, contra alta de 0,2% prevista pelo mercado, o dólar fechou o dia em baixa, cotado a R$ 5,0853. Com a inflação mais branda por lá, o Fed poderia encontrar espaço para desacelerar a velocidade das altas de juros. Com isso, o dólar perderia a força e nossa moeda se recupera pelo diferencial de juros.
Aqui, no Brasil, houve queda maior das vendas no varejo brasileiro em junho, o que ajuda no cenário de fim de ciclo de aperto monetário, ou seja, a alta da Selic. Isso gera um movimento de apetite a risco, trazendo o câmbio para baixo. Mas vamos ver como hoje mercado vai reagir. Um dia de cada vez! E contra fluxos, não há argumentos.
O mercado vai consolidando a expectativa de Selic estável a partir de agora e já trabalhando a ideia de início dos cortes a partir do primeiro semestre de 2023, isso gera um conforto para a retomada de risco.
Os próximos sinais sobre a política monetária dos EUA vão ser um dos principais pontos a serem observados para o real. E o resultado da decisão do Fed dependerá ainda de outros dados importantes, da inflação e do mercado de trabalho dos EUA. Entre os dirigentes do Fed, Neel Kashkari (Minneapolis) ressaltou que o trabalho para conter a inflação está longe de terminado.
E hoje? No calendário, temos por aqui o crescimento do setor de serviços de junho e, nos EUA, o IPP mensal de julho e anual, além de pedidos iniciais por seguro-desemprego.
Vamos ficar de olho nas commodities, afinal, somos muito impactados por elas no câmbio. Países como o Brasil tendem a se beneficiar de juros mais baixos nos EUA.
Força, Brasil, e bons negócios para todos!