O mercado de cripto ativos tem chamado a atenção mundo afora. Apesar do recente anúncio de Elon Musk de que a Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) não aceitará mais o Bitcoin como pagamento por seus carros elétricos, aqui no Brasil vimos algumas alternativas surgirem para o investidor recentemente. Contudo, a modalidade ainda gera uma série de dúvidas e eu quero tentar ajudar a esclarecer alguns pontos para os investidores.
Em primeiro lugar, vale destacar como funciona uma cripto moeda. Ela nada mais é do que um tipo de dinheiro e existem, basicamente, duas diferenças fundamentais para o modelo tradicional ao qual estamos acostumados. 1. Elas não são emitidas por governos e 2. São totalmente digitais. Também não possuem lastro, mas, se pararmos para olhar no detalhe, nenhuma moeda hoje em dia possui.
Seu uso é semelhante ao do dinheiro como conhecemos. Elas podem ser utilizadas como meio de troca em transações comerciais, preservação de poder de compra futuro e unidade de conta, quando o mercado precifica produtos e realiza cálculos econômicos baseados em uma determinada referência.
Mas como funciona, de fato, o investimento neste tipo de ativo?
Antes de tentar listar um passo a passo, é fundamental falar um pouco sobre a volatilidade deste tipo de ativo. Os preços das moedas variam de acordo com a tradicional regra da oferta e demanda. Não há segredo nisso. Não é à toa que, à medida que esta classe de investimentos fica mais conhecida, maior é o seu valor de mercado.
Contudo, no caso do Bitcoin, os preços já estão muito elevados para que um investidor cauteloso forme uma posição. Além do mais, vale destacar que a tradicional cripto possui uma correlação muito forte com as demais. Ou seja, quando ela cai, todas as outras vão junto.
Neste sentido, como alternativas existem outras moedas digitais como Tether e Litecoin. No caso do Brasil, foram criados fundos de investimento e recentemente o ETF Hashdex Nasdaq Crypto Index (SA:HASH11), da Hashdex.
Eles podem ser encontrados em boa parte das plataformas e com menos de R$100 já é possível começar a comprar algumas cotas de fundos, além de frações.
Por último e não menos importante, a questão do risco deve ser muito bem avaliada. Como eu disse acima, esta é uma classe de ativos nova e que ainda passará por diversas transformações cujos resultados só veremos no futuro. Se você, investidor, quer chegar antes e beber água limpa, é natural correr um pouco mais de risco. Porém, não comprometa uma parcela significativa do seu patrimônio. Comece com pouco, com cerca de 1% da carteira, evolua, mas não passe de 5% do total.
Ainda assim, eu diria que este é o tipo de investimento que não é destinado para qualquer pessoa, mesmo aquelas que gostam de um pouco mais de risco. Bons negócios!