Aparentemente, no momento em que escrevo este artigo, o Brexit será vitorioso no Reino Unido (nota do editor: no momento da publicação, isso foi confirmado). A BBC, Sky News e outras organizações de notícias fizeram uma chamada indicando a votação a favor da campanha para a saída.
Os mercados de futuros caíram em todo o painel, com o Dow sinalizando uma abertura em queda de pelo menos 600 pontos. Os contratos futuros de petróleo caíram mais de 5%, oscilando em torno de US$ 47,00 por barril.
Basicamente, a economia britânica é muito grande e importante para a União Europeia (UE) para que as empresas europeias a deixem. Quando a Inglaterra deixar a UE, acordos comerciais serão feitos. Os mercados estão reagindo de forma exagerada ao voto para a saída porque, antes da contagem total, a reação foi exagerada às pesquisas indicando uma vitória da campanha em favor da permanência.
Para os mercados de petróleo, a questão é a especulação com base na instabilidade. Isso foi agravado por pesquisas e especuladores que fizeram apostas com base na veracidade dessas pesquisas imprecisas.
No entanto, pouco no mercado mundial de petróleo muda ou mudará se a Grã-Bretanha deixar a UE. É por isso que a queda dos preços do petróleo provavelmente não durará muito tempo. Mais importante para os preços do petróleo do que a votação no Brexit são os item a seguir (sem ordem específica):
- O aumento da produção de petróleo no Golfo do México e em algumas áreas de shale oil nos EUA
- O aumento da produção de petróleo da Arábia Saudita
- A capacidade das instalações de armazenamento de petróleo
- O consumo de gasolina nos Estados Unidos
- O consumo de eletricidade na Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico
- A produção de petróleo iraniano
- A utilização de petróleo de refinarias independentes da China
- A demanda por petróleo na Índia
- O colapso econômico da Venezuela
Essencialmente, o preço do petróleo depende dos fundamentos, que indicam que US$ 50 por barril é, provavelmente, muito caro devido à quantidade de petróleo ainda armazenada em nível mundial e à crescente produção da commodity.
A questão mais importante para o futuro é se outros países europeus como a Grécia, Portugal ou Espanha seguirão este exemplo e qual possível impacto sobre a economia europeia.