Começa a se desenhar o piso histórico para os juros brasileiros muito em breve, com a “vitória” do governo ontem na câmara dos deputados. Temer mostrou a que veio e isso custou caro ao ajuste fiscal brasileiro.
Ainda assim, a possibilidade de avanços na reforma da previdência em vista ao placar largo em favor do presidente é maior neste momento e a pretensa estabilidade política que se segue pode incrementar os índices de confiança como um todo.
O momento inflacionário também é mais um ponto de “sorte” e tende a ser utilizado como argumento para que seja dada a continuidade nos cortes de juros por parte do COPOM.
Reiteramos, o governo deve retomar a agenda de ajustes para confirmar tal contexto, caso contrário, a questão fiscal se tornará o principal impeditivo do afrouxamento monetário.
CENÁRIO POLÍTICO
A vitória de Temer com 263 votos, uma margem consistente em vista ao atual contexto econômico e, portanto, a perspectiva pela reforma da previdência pode crescer.
Espera-se que Temer retome a importante agenda econômica, pois o horrendo custo de sua manutenção no governo é uma afronta à perspectiva de ajuste fiscal e pode atrapalhar em muito a condução da até agora bem-sucedida atuação da Fazenda e do BC.
Acima de tudo, foi uma vitória política e uma derrota para a instituição republicana. De maneira maquiavélica, pode ter sido "algo correto" a ocorrer, porém o amargo fel do status quo político cresce na boca de cada brasileiro.
É difícil, porém somente uma postura firme de renovação em 2018 pode dar a leve centelha de mudança no país.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros em NY operam em estabilidade, após o recorde de 22.000 pontos do índice Dow Jones. Na Ásia, o fechamento foi negativo, após o recorde americanos nas bolsas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda observada no ouro, por conta do dólar global em alta e o minério de ferro apresenta alta no porto de Qindao.
O petróleo abriu positivo e tenta retomar os US$ 50 em NY, devido aos estoques em queda nos EUA, porém com produção acima das expectativas pela OPEP.
No calendário corporativo, destacam-se os resultados de Allianz (DE:ALVG), Berkshire Hathaway, Goldman Sachs, GoPro, Duke Energy (SA:GEPA4), Isuzu, Kellog, Kraft Heinz, MercadoLibre, Paramount. Sumitomo, Sotherby's, Siemens, Toyota, Yelp! e Yum Brands no exterior e no Brasil, Cremer (SA:CREM3), Multiplus (SA:MPLU3), Smiles (SA:SMLE3), e SulAmérica.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1137 / -0,41 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,118%
Dólar / Yen : ¥ 110,57 / -0,135%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,371%
Dólar Fut. (1 m) : 3134,86 / -0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,90 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,34 % aa (-0,24%)
DI - Janeiro 21: 9,23 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 25: 10,06 % aa (-0,89%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,93% / 67.136 pontos
Dow Jones: 0,24% / 22.016 pontos
Nasdaq: 0,00% / 6.363 pontos
Nikkei: -0,25% / 20.029 pontos
Hang Seng: -0,28% / 27.531 pontos
ASX 200: -0,16% / 5.735 pontos
ABERTURA
DAX: -0,315% / 12143,07 pontos
CAC 40: 0,317% / 5123,44 pontos
FTSE: 0,199% / 7426,15 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67387,00 pontos
S&P Fut.: -0,057% / 2472,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,059% / 5914,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,42% / 83,46 ptos
Petróleo WTI: -0,08% / $49,55
Petróleo Brent:0,25% / $52,49
Ouro: -0,28% / $1.263,09
Minério de Ferro: 0,65% / $72,53
Soja: 0,49% / $18,42
Milho: -0,75% / $361,50
Café: -0,25% / $139,95
Açúcar: -0,41% / $14,74