O viés do mercado do boi gordo é de baixa. Aos poucos, as indústrias têm conseguido recuperar parte da margem que foi perdida desde o começo de julho.
A oferta, sozinha, não tem força para imprimir tal conjuntura baixista. O que existe é a combinação entre compras ligeiramente melhores, consumo patinando e incerteza quanto ao preço da arroba no curto prazo.
Os contratos de outubro/17 e novembro/17 na Bolsa B3 (SA:BVMF3), por exemplo, que chegaram a R$143,00/@, atualmente estão entre R$138,00/@ e R$137,00/@. Essa sinalização de um cenário menos atrativo em termos de preços pode fazer o pecuarista, que eventualmente, adiava a entrega da boiada terminada, negociar com o frigorífico.
Existe uma quantidade significativa, que chama a atenção, de indústrias fora das compras, bem no meio da semana, comportamento pouco comum. Não há necessidade de intensificar as aquisições, por enquanto.
No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis. Já os cortes sem osso caíram 0,3% esta semana.
Exportações de carne bovina em bom ritmo em setembro
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de setembro o Brasil exportou 58,2 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária exportada doi de 5,8 mil toneladas. Caso o ritmo das exportações continue o volume total exportado deve ser 31,4% maior que em igual período do ano passado.