Publicado originalmente em inglês em 27/01/2021
- Resultados do 1T21 fiscal serão divulgados na quarta-feira, 27 de janeiro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$ 102,54 bilhões;
- Expectativa de lucro por ação: US$ 1,39.
Quando a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) divulgar seu balanço do primeiro trimestre fiscal de 2021 no fim do dia de hoje, os investidores vão querer ver evidências de que as vendas dos novos modelos do iPhone estão crescendo após uma considerável desaceleração durante a pandemia.
No balanço anterior, divulgado em outubro, a empresa de Cupertino, Califórnia, não forneceu qualquer previsão para o trimestre que abrange as festas de fim de ano e se encerra em dezembro, citando a incerteza gerada pela pandemia de Covid-19.
No entanto, o CEO Tim Cook afirmou que a nova linha de aparelhos iPhone 12 havia sido bem recebida. As vendas de Macs e serviços também alcançou a máxima histórica no quarto trimestre fiscal.
O relatório de resultados da quarta-feira marcará o primeiro período completo desde que a Apple lançou sua nova linha de iPhones e pacotes de serviços por assinatura. Os investidores estão apostando que os novos aparelhos com conectividade 5G provocarão uma grande disparada de vendas, possivelmente alcançando o recorde anterior de 231 milhões de unidades no ano fiscal de 2015.
Graças a esse otimismo, as ações da Apple subiram 3% na segunda-feira, para US$ 139,07, renovando a máxima histórica. Os papéis se valorizaram novamente ontem e fecharam a US$ 143,16. A ação subiu 75% nos últimos 12 meses.
Desde a pandemia de Covid, a Apple tem mostrado que está bem posicionada para resistir à recessão sanitária, graças à sua unidade de serviços, acessórios (wearables) e seu programa de recompra de ações.
Um trimestre recorde
As vendas de unidades da Apple atingiram o pico nos últimos anos, fazendo a empresa mudar sua estratégia para lançar modelos de iPhone mais caros, sem deixar de impulsionar o uso dos seus serviços, como os aplicativos de vídeo e exercícios físicos, em mais de 900 milhões de iPhones em todo o mundo.
Sua unidade de serviços, que mais do que dobrou no ano fiscal de 2019 em comparação com os cinco anos anteriores, produziu um crescimento de 16% no trimestre mais recente. A expectativa é que ela apresente mais um forte desempenho durante o período do "fique em casa".
Em nota emitida na semana passada, os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) disseram que esperam um trimestre recorde, graças ao lançamento de produtos de maior sucesso da Apple nos últimos cinco anos:
“Em nossas conversas recentes, sugerimos aos investidores que se preparassem para um sólido balanço trimestral da Apple, mas não excelente. Discordamos, e acreditamos a Apple está prestes a registrar números trimestrais históricos de receita e lucros”.
Os analistas do banco elevaram seu preço-alvo da ação de US$ 144 para US$ 152.
Além do forte impulso as unidades de serviço da companhia, os investidores também esperam que a Apple continue promovendo a inovação com novas formas de usar hardware e software de tecnologia, a fim de aumentar as vendas assim que a pandemia for contida.
Mesmo assim, os investidores não podem perder de vista os possíveis riscos capazes de prejudicar o crescimento de médio prazo da Apple, principalmente no momento em que a economia global ainda está em recessão e a pandemia segue se espalhando. É bom ficar de olho se os usuários estão permanecendo com seus telefones por mais tempo ou querem atualizar seus aparelhos mesmo em um ambiente econômico tão adverso.
Resumo
Há uma boa chance de que o balanço do 1T2021 fiscal da companhia supere as expectativas, graças a vendas robustas dos seus mais novos modelos de celular e melhor performance da unidade de serviços. Se isso acontecer, claramente fortalecerá o argumento de que a Apple possui uma forte marca global, boa posição de caixa e está diversificando sua fonte de receita, o que a faz ser uma excelente ação para uma carteira de longo prazo.