O mês de fevereiro de 2021 começou com expectativas boas, baseadas na aceleração do processo de vacinação e na retomada da agenda política a partir da eleição das presidências das casas do Congresso.
Nem uma coisa nem outra: ao fim do mês vimos que a vacinação avançou a passos lentos e, na política, o Presidente Bolsonaro (episódio Petrobras (SA:PETR4) é um deles) partiu para ataques que inviabilizaram uma pronta retomada da agenda política.
Com isso, os mercados se estressaram. O dólar e os juros subiram. A bolsa teve forte queda na última semana do mês fazendo com que no acumulado de fevereiro o Ibovespa fechasse no negativo: - 4,37%.
Para março, as duas variáveis que mencionei acima continuam valendo: aceleração da vacinação e votações de ajustes e reformas em Brasília. Infelizmente estes pontos não avançaram no último mês, mas são imprescindíveis para que tenhamos um 2021 mais promissor.
Acredito que avancem, ainda que a velocidade nem sempre seja a necessária ou a que desejamos, aliás, como tudo no Brasil, infelizmente. Parece clara a necessidade de evoluirmos nesses aspectos ou continuaremos com mercados estressados, e suas repercussões adversas nas taxas de juros, câmbio e na Bolsa.
De concreto, teremos o início de um ciclo de alta na Selic a partir da próxima reunião do Copom. Enquanto isso, as oportunidades de comprar ações a preços interessantes estão aí, aos montes e são o nosso foco principal.