E finalmente saiu a taxa de juros dos EUA, evento que foi pauta das últimas semanas, após o fortalecimento dos dados de emprego divulgados em março, referentes a fevereiro (payroll).
O FED decidiu, na última quarta-feira, elevar em mais 0,25%, subindo de 0,75% para 1% ao ano. Algo que já era muito esperado pelo mercado, haja vista a recuperação da economia americana nos últimos anos, frente aos diversos estímulos aplicados, entre eles, um juros baixo. Quando as taxas estão em patamares inferiores, pode ocorrer um aquecimento, conforme notado, já que os créditos e empréstimos ficam mais baratos.
Segundo pesquisas de importantes órgãos, baseadas em análises de departamentos de estudos de mercado das grandes instituições, a previsão de que os juros aumentariam nesta última reunião era de mais de 90%. Segundo entrevistas concedidas pela chair Janet Yellen na quarta-feira, ainda podem ser esperados mais 2 aumentos até o final de 2017.
O fato que pode ter surpreendido a grande maioria é que o comportamento do mercado foi ao contrário do cenário fundamental. Na teoria, um aumento das taxas de juros dos EUA tende a valorizar o dólar, mas pela movimentação dos principais pares de moedas, pode ter nos levado a entender que o mercado já havia precificado anteriormente, por isso, o movimento inverso. No cenário de longo prazo, caso a economia americana continuar nos trilhos do crescimento, com baixos índices de desemprego e rumo a meta de inflação de 2%, poderemos ter uma valorização do dólar frente às principais moedas.
Partindo-se para o nosso estudo gráfico dessa semana, separamos o USDCAD, que testou pela terceira vez a região de resistência entre 1.3600 – 1.3550. Apesar de ser notória a tendência de alta, através da ligação dos topos ascendentes, uma quebra do último suporte nos 1.3000 poderia desencadear quedas até os próximos níveis em 1.2850 e 1.2500.
Para a continuidade da tendência de alta, pode ser prudente esperar um fechamento rompimento acima de 1.3600.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)