Pra quem gosta de emoção, uma boa pedida pode ser negociar o dólar X real. É verdade que o nosso Mercado Financeiro ainda precisa evoluir bastante quando comparado aos grandes centros, principalmente em termos de liquidez e regulamentação, mas uma coisa é fato: tanto o Mercado à vista como o Mercado Futuro mexe e mexe bastante durante os pregões diários, o que pode dar inúmeras oportunidades para os apaixonados por Day trade e scalping.
Para o estudo gráfico dessa semana, separamos a paridade USD/BRL (à vista), pois a região em que os preços se encontram nos chamou a atenção e podem despertar o interesse dos compradores.
No gráfico semanal abaixo, isso mesmo, utilizamos o semanal para evidenciar a importância dessa zona, notamos a formação de dois martelos entre os 3,10 – 3,05, que compõe uma região de suporte. Desde meados de 2015 (quase dois anos atrás) a moeda americana não estava tão barata. Significativos setores da indústria já comentaram que, o dólar abaixo dos R$ 3,10 pode deixar o Brasil pouco competitivo no exterior e neste momento, em que atravessamos uma das piores crises da história, a exportação pode ser um dos poucos fatores que ainda podem salvar uma parte da economia.
Já para o cenário fundamental, a economia americana segue muito bem, rumo às metas de inflação, dados de pleno emprego (desemprego abaixo dos 5%) e a percepção de Wall Street de que Donald Trump, ainda poderá aquecer o Mercado dos EUA com políticas protecionistas e incentivos fiscais. Por aqui, segue uma confusão sem fim, com novas declarações polêmicas a cada fase da Lava Jato e tentativas discretas de tentar tirar o país do atoleiro.
O COPOM segue seu manejo político diminuindo os juros, na esperança de aquecer a economia, cada vez mais fragmentada e frágil. Socorros aos Estados que estão praticamente falidos se tornaram comuns. Crise em todos os setores econômicos, desemprego alarmante e um poço que cada vez pode se tornar mais fundo.
Para o grande investidor, este cenário pode se tornar atraente para os investimentos em dólares, pois a maior economia do mundo segue nos trilhos do crescimento, ao passo que o Brasil, já um país subdesenvolvido, encontra-se em sérias dificuldades financeiras. Ainda devemos destacar que, segundo opiniões de analistas e declarações da presidente do FED Janet Yellen, parece inevitável que teremos mais aumentos dos juros americanos ainda este ano, só resta saber quando e como.
Com base nisso, se esta queda recente da cotação se sustentar na região de suporte entre 3,05 – 3,10, poderemos ter altas até os 3,30 e, posteriormente, até os 3,45. Se esta zona de suporte for rompida, poderemos ter mais quedas até a região dos 2,90. Vamos acompanhar o desenrolar das próximas semanas.
Análise Técnica da Semana 6/3/17
Análise Técnica dos principais ativos para a semana 6/3/17, pelo professor Alexandre Castro da UniTrader.
Por Rodrigo Rebecchi e Alexandre Castro (Equipe Youtrading)