Em edição caracterizada pela estabilidade USDA destaca o aumento das exportações brasileiras de Milho e importações americanas de Óleo de Soja, refletindo política de biocombustível
SOJA
A atualização do Relatório de Estimativas Agrícolas publicada na tarde desta sexta-feira (09) pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês) trouxe pequenos ajustes, os principais foram na Argentina com diminuição no consumo e exportações. Mais uma vez o relatório revisou para cima a projeção de produção mundial para a soja, desta vez o ajuste foi de 1%.
Para a cultura da Soja, no Brasil e nos Estados Unidos não houveram alterações em relação ao relatório de novembro. No Brasil, a projeção para safra 2016/2017 segue em 102 milhões de toneladas. Uma variação ainda de 5,7% em relação ao efetivado na última safra estimada em 96,5 milhões de toneladas pelo Departamento americano. Mais uma vez nenhum indicador referente ao Brasil foi atualizado nesta edição de dezembro.
Já é o terceiro mês consecutivo que o USDA revisou negativamente as estimativas de exportação na Argentina. O adiamento do corte no imposto de exportação reflete uma redução de 9% na comparação anual. A produção continua em 57 milhões de toneladas e o departamento projeta uma redução no consumo e nas exportações argentinas e um aumento nos estoques finais.
O relatório de dezembro manteve em 118,69 milhões de toneladas a perspectiva de produção americana. Como dito anteriormente não houve alterações nos dados na comparação com o relatório do mês anterior. O USDA segue esperando que os preços em CBOT ficarão entre US$ 8,70 e US$ 10,20.
DERIVADOS DE SOJA
O USDA trouxe poucos ajustes para os derivados da soja. Para o farelo de soja os estoques mundiais subiram e a projeção de comércio mundial diminuiu (importação e exportação). No óleo mais ajustes foram realizados, como a maior importação americana, em decorrência da nova política de combustível renovável e o aumento do consumo doméstico brasileiro.
MILHO
Para o Milho, o Relatório de dezembro apresentou mudanças apenas na safra brasileira. A alteração mais relevante foi o ajuste positivo nas exportações. O USDA projeta que as cotações de milho em CBOT deverão ficar entre US$ 3,05 e US$ 3,65.
MERCADOS
Em geral, o relatório foi caracterizado pela estabilidade nas projeções. O Departamento segue sem alterar as estimativas referentes ao Brasil e a Argentina mesmo com a conclusão dos trabalhos de plantio no Brasil e a seca na Argentina. Assim, os mercados devem responder ainda nesta sextafeira até o fechamento do pregão as 17:20 no horário de Brasília e na semana seguinte de forma positiva para a soja, milho e para o Óleo de Soja. O Farelo apresenta as condições fundamentalistas para trabalhar em queda.