A atualização do Relatório de Estimativas Agrícolas publicada na tarde desta quinta-feira (09) pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês) trouxe grandes mudanças na comparação com o último relatório. Os principais ajustes foram na safra brasileira, onde os números referentes a produção e estoques no Brasil foram revisados para cima. O departamento estima que o Brasil irá produzir 108 milhões de toneladas de soja.
No relatório do mês de março o departamento viu-se na obrigação de revisar para cima a produção brasileira devido ao ótimo clima, que está contribuindo para o desenvolvimento da safra. No Brasil, a projeção para safra 2016/2017 está sendo estimada em estimada em 108 milhões de toneladas um aumento de 3,85% na relação com o mês anterior e de 11,9% na comparação anual.
Nesta edição o USDA optou por não fazer mudanças nos valores projetados para a safra argentina. A produção segue estimada em 55,5 milhões de toneladas. Na relação interanual o corte na produção estimada continua sendo de 2%.
Pelo segundo mês consecutivo, o Departamento americano manteve inalterada as projeções sobre a produção americana de soja. O Departamento realizou um ajuste negativo na projeção de exportação elevando assim o estoque esperado dos EUA. O USDA agora projeta que os preços da soja em CBOT oscilar ficar entre US$ 9,30 e US$ 9,90.
Devido a maior produção no Brasil houve uma revisão positiva nos estoques tanto no farelo como no óleo, o que também reflete nas perspectivas mundiais. No caso do óleo também houve um aumento na projeção da produção americana.
No Milho houve um aumento na perspectiva de produção Sul-Americana e redução do processamento domestico nos Estados Unidos. O USDA projeta que as cotações de milho em CBOT deverão ficar entre US$ 3,20 e US$ 3,60.
Em geral, o relatório o relatório refletiu o otimismo em relação a safra brasileira de verão devido ao clima favorável. Assim, os mercados devem responder ainda nesta quinta-feira até o fechamento do pregão as 16:20 no horário de Brasília e na semana seguinte de forma negativa para o complexo soja e para o milho, refletindo o aumento nas produções de soja e de milho.