O USD/BRL subiu mais de 1,0% desde o início do mês, com o dólar norte-americano mostrando uma maior fraqueza face ao Real Brasileiro, apesar de fortes sinais de recessão na maior economia da América Latina, uma condição muitas vezes referida como "estagflação".
Na quarta-feira após o fechamento dos mercados, responsáveis brasileiros pelas políticas monetárias aumentaram os custos dos empréstimos obtidos em 50 pontos base, atingindo os 13,75%. Ninguém ficou surpreso e enquanto a inflação for superior a 8%, o Banco Central do Brasil continuará aumentando as taxas de juros.
Os economistas e investidores preveem que o Banco Central não conseguirá atingir sua promessa de baixar a inflação para a meta de 4,5% no próximo ano. Os decisores políticos brasileiros estão no entanto tentando convencer os investidores de que farão o que for preciso para conter os preços ao consumidor embora o desemprego aumente e a economia se contrai-a.
Ontem, o relatório do Departamento de Trabalho evidenciou uma diminuição dos pedidos de seguro-desemprego na ordem dos 8K ficando nos 276K no final da semana passada, os analistas esperavam 278K. O número total de pessoas que recebem seguro-desemprego foi o menor em mais de 14 anos.
Hoje na agenda ecoômica teremos, dos Estados Unidos da América (EUA), o relatório de emprego não-agrícola referente a Maio, onde é esperado uma subida dos atuais 223K para os 225K e a taxa de desemprego deverá manter-se inalterada nos 5,4%, tudo sinais de uma melhoria no que toca ao mercado de trabalho.
Ontem o USD/BRL subiu com uma amplitude reduzida e fechou a meio da amplitude do dia. O par encontra-se uma fase de alta e negocia acima da média móvel dos 10 dias. O estocástico evidencia um impulso de baixa mas encontra-se acima da linha média dos 50.
Espera-se um movimento ascendente até a uma resistência diária nos 3,2262 numa quebra acima do máximo do dia anterior nos 3,1503 (cenário 1) ou uma quebra abaixo do mínimo do dia anterior nos 3,1274 poderá empurrar o par para baixo até a um suporte diário nos 3,0896 (cenário 2).