É a terceira renovação de recorde da bolsa de valores de São Paulo, com a conclusão da votação em segundo turno da reforma da previdência, mesmo com a inclusão do destaque do PT.
O dólar, um dos ativos de maior pressão nos últimos meses no Brasil se aproxima novamente dos R$ 4, ainda que o saldo do fluxo cambial no ano se aproxime de US$ 20 bi. Parte disso se explica na dissolução de posições de hedge exatamente pela reforma da previdência.
No atual contexto, o governo deve continuar a atuar tanto na formatação de uma reforma tributária viável e que acima de tudo, desmonte as engrenagens burocráticas no Brasil, em especial entre os estados.
Obviamente, neste caso, os estados estão prontos a reagir com todas as armas e manter o status quo de conforto arrecadatório, independente das benesses à população. Mesmo assim, o avanço deve ocorrer.
Acima de tudo, o governo não deve de modo algum cair na tentação de um populismo fiscal. É nítida a ausência do estado no crescimento econômico e a via fácil do endividamento daria a falsa sensação de melhoria num curto prazo.
Porém todos sabemos a que custo isso ocorre: endividamento público, inflação, juros altos e recessão.
A reforma administrativa será de suma importância para dar continuidade e apoio ao teto dos gastos e a lei de responsabilidade fiscal, assim como a revisão do pacto federativo.
Com estes instrumentos e as reformas de caráter microeconômico, reiteramos que o Brasil ganha condições de enfrentar abertamente uma contração das economias globais que pode ocorrer de maneira quase conjunta.
No exterior, a agenda de resultados corporativos ganha força e visibilidade com o Brexit praticamente num limbo e a guerra comercial entre EUA e China sem grandes percalços, afinal, Trump continua mais focado na questão do impeachment.
Deste modo, atenção hoje aos resultados de Amazon, Visa, RBS, Intel, American Airlines, ComCast, Twitter, McDonald's, AstraZeneca, BASF, Sherwin-Williams, Marsh & McLennan, Aflac e VeriSign. Localmente, destacam-se Petrobras, Vale, Fleury e Renner.
Na agenda macroeconômica, destacam-se os dados do mercado imobiliário, bens duráveis e PMI nos EUA e setor externo no Brasil.
Na Europa, a última decisão de juros sob a égide de Mario Draghi não deve trazer nenhuma novidade substancial, com a continuidade do alívio quantitativo e sem perspectivas de novo aprofundamento dos juros negativos.
O homem que manteve o Euro vivo termina seu mandato.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, seguindo a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pela atenção ao calendário corporativo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com exceção ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com a elevação de estoques acima das projeções e perspectivas de crescimento mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,21%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0364 / -1,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,036%
Dólar / Yen : ¥ 108,67 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,209%
Dólar Fut. (1 m) : 4036,52 / -0,99 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,50 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 23: 5,46 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 6,13 % aa (-1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1513% / 107.544 pontos
Dow Jones: 0,1712% / 26.834 pontos
Nasdaq: 0,1912% / 8.120 pontos
Nikkei: 0,55% / 22.751 pontos
Hang Seng: 0,87% / 26.798 pontos
ASX 200: 0,31% / 6.694 pontos
ABERTURA
DAX: 0,625% / 12878,17 pontos
CAC 40: 0,571% / 5685,71 pontos
FTSE: 0,846% / 7322,19 pontos
Ibov. Fut.: 0,20% / 108180,00 pontos
S&P Fut.: 0,093% / 3008,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,399% / 7937,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 79,11 ptos
Petróleo WTI: -0,77% / $55,67
Petróleo Brent:-0,46% / $60,90
Ouro: -0,23% / $1.489,08
Minério de Ferro: -0,09% / $90,45
Soja: 0,09% / $15,90
Milho: 0,26% / $389,00
Café: 0,56% / $98,15
Açúcar: 0,91% / $12,26