Apesar de todo o imbróglio político vivido pelos EUA com a eleição de Donald Trump, a economia continua dando vigorosos sinais de vitalidade, em meio a ações que ainda não foram concretizadas em sua maioria.
Em resumo, Trump mais desfez do que fez desde que entrou. E ainda, o que foi desfeito não surtiu o efeito necessário para estimular a economia.
Os EUA vivem na inércia do crescimento econômico deixado pelo ex presidente Obama.
Localmente, ontem o PIB deu um primeiro suspiro no sentido da recuperação, toda pautada na agricultura, a qual tem potencial ainda para continuar a ajudar neste trimestre, em vista aos mais recentes indicadores do setor.
Todavia, numa análise mais profunda, os elementos que indicam a realidade da saída de uma crise continuam em depressão, ou ao menos chegaram ao “fundo do poço”.
A Formação Bruta de Capital Fixo, que indica os investimentos do setor produtivo e o consumo das famílias contam ainda uma estória ruim para o Brasil.
O contexto em que Meirelles dizia observar os primeiros indicadores realmente positivos a partir do terceiro trimestre continua, porém, o desespero político faz o governo se agarrar a tais número como um salva-vidas.
Deste modo, este PIB sustenta facilmente um ciclo robusto de queda de juros e combinado com a declinante inflação, como o IPC-Fipe hoje em queda de 0,05%, a Selic do sonhado um dígito poderia ocorrer muito antes do que se esperava.
CENÁRIO POLÍTICO
A cautela política continua a pautar parte do mercado, com o pedido de prisão do ex assessor do Planalto, Loures, momentos antes do julgamento do TSE da chapa Dilma-Temer.
Neste cenário, o governo tenta de todas as maneiras vender uma agenda positiva, de modo a impulsionar as votações pendentes em ambas as casas.
Desde a capitalização do resultado do PIB, passando por anúncios de minha casa, minha vida e troca de comando no BNDES, os suspiros de um governo moribundo dependem exatamente daquilo que não tem, apoio.
CENÁRIO DE MERCADO
Indicadores positivos nos EUA, novos dados a serem divulgados e a saída do acordo de Paris influenciam os mercados.
A abertura na Europa é de alta e a mesma tendência é observada nos futuros das bolsas em NY, na expectativa por dados do mercado de trabalho.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, volátil desde a abertura, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto.
Entre as commodities metálicas, o ouro perde com o aumento pelo apetite pelo risco, enquanto o minério de ferro sobe na China.
O petróleo opera em queda em NY e Londres, na perspectiva com a elevação dos estoques americanos da commodity pela saída do acordo climático.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2504 / 0,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,045%
Dólar / Yen : ¥ 111,49 / 0,108%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,217%
Dólar Fut. (1 m) : 3272,01 / 0,34 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,39 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,51 % aa (2,26%)
DI - Janeiro 21: 10,47 % aa (1,65%)
DI - Janeiro 25: 11,05 % aa (0,82%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,67% / 62.289 pontos
Dow Jones: 0,65% / 21.144 pontos
Nasdaq: 0,78% / 6.247 pontos
Nikkei: 1,60% / 20.177 pontos
Hang Seng: 0,44% / 25.924 pontos
ASX 200: 0,87% / 5.788 pontos
ABERTURA
DAX: 1,668% / 12876,21 pontos
CAC 40: 0,968% / 5370,15 pontos
FTSE: 0,389% / 7573,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62454,00 pontos
S&P Fut.: 0,292% / 2436,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,361% / 5843,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,88% / 81,85 ptos
Petróleo WTI: -2,40% / $47,20
Petróleo Brent:-2,59% / $49,32
Ouro: -0,21% / $1.263,28
Minério de Ferro: 0,65% / $55,39
Soja: 0,14% / $17,53
Milho: 0,00% / $371,00
Café: -0,27% / $127,75
Açúcar: -0,07% / $14,28