A semana começou cheia de tensão. Internamente, o cenário político, que já prometia trazer volatilidade devido às eleições, ficou turvo para o mercado financeiro, que estava animado com a possibilidade de Bolsonaro vencer no domingo.
A causa foi a prisão no domingo de Roberto Jefferson. O ex-deputado foi detido após receber com tiros e granadas agentes da Polícia Federal que cumpriam ordem de prisão dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O caso esquentou porque ele é um forte apoiador de Bolsonaro. Na minha opinião, Bolsonaro já teve a oportunidade de desvencilhar sua imagem da de Jeferson, mas… nunca se sabe neste momento tão perto da eleição o que os indecisos podem associar a esta atitude.
No cenário externo, o presidente Xi Jinping assegurou um terceiro mandato. Sua nova equipe de liderança levantou temores de que o crescimento será sacrificado por políticas orientadas pela ideologia. Além disso, a economia da China, embora tenha se recuperado mais do que o esperado no terceiro trimestre, ainda enfrenta desafios em várias frentes, como uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global. Também pesou a perspectiva de manutenção da política rígida de combate à Covid-19, que foi reafirmada no fim de semana durante o Congresso do Partido Comunista do país.
As bolsas na China reagiram com quedas relevantes, ajudando a pressionar o Ibovespa.
O dólar ontem no mercado à vista fechou cotado a R$ 5,3012, com forte alta.
As ações dos Estados Unidos fecharam em alta ontem, estendendo os avanços da semana passada, depois que sinais de abrandamento econômico sugeriram que os efeitos da política monetária agressiva do Federal Reserve, que visa desacelerar a economia norte-americana e assim conter a inflação mais alta em décadas, começaram a se enraizar.
Para hoje, no calendário teremos aqui o IPCA-15 e a Confiança do Consumidor. Nos EUA, discurso de Waller, membro do Fed, e também Confiança do Consumidor.
Apertem os cintos, amigos, porque as turbulências estão fortes! E, como aqui é Brasil, é só aguardar. Quando sobe ou desce muito, em algum momento, a coisa reverte. Não esqueçam que Ptax está próxima também (e isso agrega ainda mais volatilidade ao câmbio).
Desejo aqui boas oportunidades de lucros para todos!