O cenário para a definição da política monetária em economias desenvolvidas fica cada vez mais nebuloso, onde os sinais desencontrados de expansão e contração econômica dificultam o trabalho dos bancos centrais, exatamente pelo atraso em aplicar medidas mais enérgicas de controle da inflação, como o CPI que será divulgado esta semana.
Neste contexto, entram as inflações mais recentes e o peso que o excesso de meios monetários tem representado no atual cenário, com os sinais mais recentes de retomada da atividade econômica em nações emergentes sendo o fiel da balança.
A China dá sinais reiterados de que a reabertura ocorrerá em breve e não só isso, de uma série bastante extensa de estímulos adicionais tende a serem implantados para acelerar a economia e bater a meta de crescimento de ao menos 5% aa.
Com isso, a percepção de arrefecimento do preço de commodities se choca com tal premissa e o alívio vem de um processo desinflacionário do provável fim do choque de ofertas na China, porém, com espectro temporal limitado.
Eis o temor das autoridades monetárias de economias desenvolvidas, pois a esperança de um soft landing (pouso suave) da economia depende necessariamente de taxas de inflação mais modestas do que as vistas atualmente.
Eis o ponto em que força os bancos centrais e suas devidas autoridades monetárias a reverem de vez a continuidade insistente de estímulos via recursos diretos na economia a talvez, finalmente, promover uma redução mais rápida e durável do balanço.
Localmente, o foco no IPCA de maio traz a expectativa de contração da economia, mantendo, por enquanto, o mês de abril como o pico de preços e reforçando a próxima elevação de juros do COPOM como provável última.
Há uma série de pressões em contração atualmente, porém projetamos um repique novamente em transportes, dada a elevada defasagem dos preços locais com internacionais e um novo aumento de combustíveis entre junho e julho.
No restante, há uma estrutura de inflação menos pressionada, especialmente em alimentos, considerando que o breve inverno do mês passado não atingiu as plantações severamente e da contração de diversos preços internacionais de alimentos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa dados inflacionários nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, liderados pelas chinesas, após a promessa de reabertura em Beijing e estímulos, mesmo com PMI Caixin ainda em contração (Composto 42,2 pontos; Serviços 41,4 pontos).
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto ao cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após Arábia Saudita aumentar preços do petróleo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,49%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,775 / -0,45 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,215%
Dólar / Yen : ¥ 130,66 / -0,168%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,593%
Dólar Fut. (1 m) : 4822,92 / -0,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,43 % aa (0,15%)
DI - Janeiro 24: 13,03 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 26: 12,31 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 27: 12,31 % aa (-0,36%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1483% / 111.102 pontos
Dow Jones: -1,0484% / 32.900 pontos
Nasdaq: -2,4695% / 12.013 pontos
Nikkei: 0,56% / 27.916 pontos
Hang Seng: 2,71% / 21.654 pontos
ASX 200: -0,45% / 7.206 pontos
ABERTURA
DAX: 1,037% / 14610,02 pontos
CAC 40: 1,125% / 6558,26 pontos
FTSE: 1,432% / 7640,84 pontos
Ibov. Fut.: -1,08% / 111486,00 pontos
S&P Fut.: 1,07% / 4150,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,420% / 12728,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,68% / 136,06 ptos
Petróleo WTI: 0,77% / $119,79
Petróleo Brent: 0,51% / $120,33
Ouro: 0,16% / $1.854,38
Minério de Ferro: 0,77% / $143,80
Soja: 1,10% / $1.717,00
Milho: 1,86% / $740,75
Café: 1,01% / $234,75
Açúcar: 1,56% / $19,59