Os mercados globais participam de maneira firme da campanha Novembro Azul (BVMF:AZUL4). Os ativos de risco sobem forte neste mês, em meio ao apetite dos investidores. Nem mesmo a pausa no rali ontem (16) em Nova York tirou o vigor do Ibovespa, que renovou a máxima em mais de dois anos pelo segundo dia seguido, flertando com a marca dos 125 mil pontos.
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Toda essa disposição tem uma explicação. Especulações de que os principais bancos centrais concluíram o aperto nos juros promovem um mutirão nos mercados. Mais que isso, os dados econômicos sugerem a possibilidade de o Federal Reserve considerar cortes na taxa mais cedo do que o esperado no ano que vem.
Tanto que não é apenas o Ibovespa que está nos maiores níveis há tempos. Os mercados acionários europeus também se levantam para uma alta em meses, acompanhando os pares americanos. Aliás, as bolsas dos dois lados do Atlântico Norte amanheceram no azul, indicando uma retomada do ímpeto recente em Wall Street.
Foguete não dá ré
A decepção fica apenas com o petróleo, que frustrou as expectativas de furar a barreira de US$ 100 o barril, e está no menor valor desde julho, depois de ter atingido a máxima do ano ainda antes do ataque terrorista do Hamas contra Israel. Já o minério de ferro se sobressai e segue cotado nas máximas desde 2021, apesar da desconfiança com a China.
Por aqui, o medo sobre a capacidade de o governo Lula cumprir a meta de déficit zero em 2024 deu lugar à esperança. Foi a decisão na véspera de não mudar a meta fiscal que animou os negócios locais, descolando-se de certa fraqueza no exterior. Ficou a sensação de que o ânimo dos mercados domésticos não vem apenas de fora.
Seja como for, os mercados adentram a segunda quinzena do penúltimo mês de 2023 dedicados a fazer sua parte pela conscientização sobre a saúde que se popularizou na sociedade, depois do Outubro Rosa e do Setembro Amarelo. Só vale lembrar que dezembro é marcado pelo vermelho, a tradicional cor de Natal.