O breve alívio na derrocada dos ativos em nível global veio de uma notícia que na verdade não era nenhuma novidade.
Os representantes chineses já confirmavam que iriam a Washington, independentemente do discurso de Trump, na tentativa de avançar com as conversas sobre a guerra comercial.
Ainda assim, Robert Lighthizer, o representante do comércio dos EUA confirmou que a elevação de tarifas sobre importações de US$ 200 bilhões em produtos chineses de 10% para 25% a partir de sexta-feira continua em voga e sem alterações, indicando que a China renegou suas promessas, daí a ação americana.
Assim como o atual governo brasileiro, o governo americano está muitas vezes correto no conteúdo, porém desastroso na forma, o que gera dúvidas quanto aos reais motivos para o corte abrupto das negociações com a China.
É possível sim que Trump tenha razão e os chineses estejam tentando ‘dar uma rasteira’ ou ‘enrolar’ os EUA, porém ao expor isso de maneira mais, digamos, presidencial daria um alento aos ativos de forma a não gerar disrupções como as observadas recentemente.
Há quem diga que habilmente, e provavelmente ilegalmente, Trump se beneficie destes fortes movimentos internacionais gerados por suas ações e tweets, numa espécie de “Art of the Deal” Plus, porém são somente especulações e como os democratas estão mais preocupados com o conluio russo e perder a próxima eleição, estamos todos suscetíveis aos efeitos da volatilidade Trump.
Destacam-se hoje os resultados de AB InBev, Petrobras (SA:PETR4), Tim (SA:TIMP3), HPardini, Iguatemi (SA:IGTA3), Sanepar (SA:SAPR11), CPFL (SA:CPFE3), CSU (SA:CARD3), JHSF (SA:JHSF3), BrasilAgro, BMW, Intesa Sanpaolo (MI:ISP), Electronic Arts (NASDAQ:EA), Ferrari, Endesa e ArcelorMittal.
CENÁRIO POLÍTICO
Continuam os embates entre as alas militares e ideológicas do governo, ao ponto de se reeditar o famoso termo Reductio Ad Hitlerum versão invertida Reductio Ad Communistarum, ou seja, todo mundo que eu não gosto é comunista.
É desta maneira que tem agido a ala ‘ideológica’ do governo, ao se voltar contra parte dos militares e dizerem agir sob a égide do ‘globalismo comunista’.
Ou seja, acreditam que os mesmos militares que evitaram que Dilma seu utilizasse das forças armadas no passado para permanecer no poder, que se aliaram a Bolsonaro e o ajudaram se conduzir no poder, de repente se tornaram ‘vermelhos’ por não concordar com Olavo.
Cansa!
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, ainda pelos desenvolvimentos da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com reação à decisão chinesa de ir ao encontro.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, com a perspectiva de atividade contraída.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,9%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9675 / 0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,018%
Dólar / Yen : ¥ 110,61 / -0,135%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,092%
Dólar Fut. (1 m) : 3962,81 / 0,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,44 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,04 % aa (-0,28%)
DI - Janeiro 23: 8,15 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 8,67 % aa (-0,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,04% / 95.009 pontos
Dow Jones: -0,25% / 26.438 pontos
Nasdaq: -0,50% / 8.123 pontos
Nikkei: -1,51% / 21.924 pontos
Hang Seng: 0,52% / 29.363 pontos
ASX 200: 0,19% / 6.296 pontos
ABERTURA
DAX: -0,595% / 12213,77 pontos
CAC 40: -0,734% / 5443,28 pontos
FTSE: -0,991% / 7307,52 pontos
Ibov. Fut.: -1,28% / 95551,00 pontos
S&P Fut.: -0,457% / 2919,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,695% / 7749,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,55% / 78,98 ptos
Petróleo WTI: -1,01% / $61,62
Petróleo Brent:-1,19% / $70,39
Ouro: -0,02% / $1.280,90
Minério de Ferro: -0,32% / $93,51
Soja: -0,94% / $14,76
Milho: 0,00% / $355,75
Café: -0,50% / $88,80
Açúcar: 0,42% / $11,95