O recuo de Trump quanto à China, com sinais de que o possível acordo deve ocorrer com a chegada da delegação chinesa soa afável demais, principalmente para o presidente americano, que na noite passada autorizou o retorno das taxações contra a China.
Em tom estranhamente conciliador, Trump citou que Xi Jiping lhe escreveu uma “linda carta” e indicou um possível encontro em breve, aparentando algum tipo de ‘sinal positivo ao mercado’, após os dias desastrosos que se seguiram após o tweet de retorno das taxações.
É quase como se o presidente americano pudesse, de alguma maneira, estar se beneficiando de tais movimentos do mercado, mas obviamente, tudo não passa de mera especulação.
Localmente, após as vendas ao varejo em fraca expansão, com o índice amplo sendo beneficiado por um repique das vendas de veículos, as atenções se voltam hoje ao IPCA, com projeções de melhor pressão comparativamente às medições anteriores e no exterior, o CPI inflação ao varejo nos EUA.
Em ambos os casos, a tendência é semelhante, porém com motivações diferentes.
O Brasil passou por um momento recente de pressão de preços de alimentos devido às chuvas intensa de março e o retorno à normalidade e uma pretensa estabilidade dos preços internacionais do petróleo trazem o benefício da leitura de uma inflação mais controlada, como observada no IPC da Fipe semanal aos 0,2% (Infinity: 0,3%).
Já no caso americano, as explicações para uma atividade econômica aquecida, com desemprego abaixo da taxa natural e a ausência da reação inflacionária motiva à manutenção de juros promovida pelo Fed de modo quase indeterminado. Um problema de gostaríamos de ter.
Destacam-se hoje os resultados de BRF (SA:BRFS3), Ser (SA:SEER3), B3, Alpargatas (SA:ALPA4), MDias Branco, Eternit (SA:ETER3), Marriott, Telefonica (MC:TEF), Deutsche Post, Suzuki, Olympus e Rakuten.
CENÁRIO POLÍTICO
As perdas impostas ao ministro Sérgio Moro talvez sejam a epitome do corporativismo dando sinais de reação, com a ausência de um posicionamento mais firme do governo nas negociações diversas que ocorrem com o congresso.
Moro tem se tornado quase um “boi de piranha” das insatisfações do Congresso, que quer vê-lo com menos força o possível, pois diversos membros das duas casas temem tanto por si, quanto por seus colegas com o possível resultado das ações do ministro.
O presidente Bolsonaro deve trazer para si a responsabilidade de evitar que Moro, assim como a reforma, se desidrate e saia do governo, o que seria uma derrota de proporções ainda imensuráveis
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, ainda pelos desenvolvimentos da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, mesmo com o retorno das taxações.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao paládio.
O petróleo abre em alta, com a perspectiva mais positiva de atividade.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9481 / 0,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,107%
Dólar / Yen : ¥ 109,83 / 0,082%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3954,18 / 0,40 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,93 % aa (-1,00%)
DI - Janeiro 23: 8,06 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 25: 8,58 % aa (-0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,83% / 94.808 pontos
Dow Jones: -0,54% / 25.828 pontos
Nasdaq: -0,41% / 7.911 pontos
Nikkei: -0,27% / 21.345 pontos
Hang Seng: 0,84% / 28.550 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.311 pontos
ABERTURA
DAX: 1,083% / 12103,61 pontos
CAC 40: 0,764% / 5353,75 pontos
FTSE: 0,448% / 7239,70 pontos
Ibov. Fut.: -0,86% / 95300,00 pontos
S&P Fut.: -0,198% / 2867,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,063% / 7590,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,40% / 78,81 ptos
Petróleo WTI: 0,53% / $62,03
Petróleo Brent:0,31% / $70,61
Ouro: 0,13% / $1.285,81
Minério de Ferro: 0,05% / $94,24
Soja: -1,43% / $14,46
Milho: 0,58% / $346,50
Café: -0,73% / $88,85
Açúcar: 0,17% / $11,81