- O destino do dólar depende das decisões dos bancos centrais e da retórica comercial de Trump nesta semana.
- Fortes dados econômicos nos EUA podem adiar cortes de juros pelo Fed, enquanto as ameaças tarifárias de Trump mantêm o dólar em terreno instável.
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O dólar abriu a semana instável, variando entre ganhos e perdas contra as principais divisas na manhã desta segunda-feira, com o mercado repercutindo uma solução de inteligência artificial de baixo custo da China.
Entretanto, as atenções dos investidores no mercado de câmbio estarão voltadas a dois eventos de grande envergadura: as decisões de juros do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (ECB), além das políticas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, que continuam sendo fatores determinantes para a trajetória do dólar.
Decisão de juros do Fed e suas sinalizações
O Fed deve manter as taxas de juros estáveis em 4,5% na reunião de quarta-feira. Apesar de nenhuma mudança imediata ser esperada, os mercados acompanham de perto as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. A abordagem do banco central, baseada nos dados de inflação e nas incertezas econômicas, não deve causar grande volatilidade, mas as pressões públicas de Trump por juros mais baixos continuam gerando preocupações sobre a independência do Fed. Esse cenário pode criar maior instabilidade para o dólar no curto prazo.
Políticas comerciais e ameaças tarifárias de Trump
As recentes tensões comerciais com a Colômbia, iniciadas por Trump, já provocaram oscilações no dólar. Suas ameaças de tarifas, motivadas pela recusa colombiana em aceitar aeronaves militares dos EUA, trouxeram incertezas de curto prazo antes de serem retiradas. Embora a Colômbia seja um ator menor no comércio global, as ações de Trump indicam sua postura frente a economias maiores. Suas ameaças tarifárias contra China, Canadá, México e a zona do euro têm potencial para alimentar uma nova onda de inflação no comércio internacional, pressionar os rendimentos dos títulos dos EUA para cima e fortalecer o dólar, ao mesmo tempo que reduzem o apetite por risco nos mercados globais. As possíveis tarifas previstas para fevereiro serão um ponto-chave de atenção, com potencial para gerar movimentos expressivos no curto prazo.
Indicadores da economia americana
Dados do PMI industrial dos EUA divulgados na semana passada superaram as expectativas, indicando um crescimento moderado no setor. Além disso, as vendas de imóveis usados em dezembro atingiram o maior patamar em 10 meses, reforçando a resiliência da economia. Contudo, uma queda na atividade empresarial para o menor nível em nove meses em janeiro, combinada ao aumento das pressões de preços, pode levar o Fed a reconsiderar sua postura sobre os juros. Caso a inflação se aproxime da meta de 2%, o dólar pode enfrentar uma desvalorização futura.
Decisão do ECB e perspectivas para o euro
O ECB deve cortar sua taxa de juros em 25 pontos-base, para 3,75%, na reunião de quinta-feira, o que pode pressionar o euro e, indiretamente, favorecer o dólar. No entanto, o impacto principal virá das sinalizações do BCE em seu comunicado. Os desafios econômicos na Europa, a crise energética e as incertezas políticas tornam o cenário mais complicado para o euro, especialmente com as ameaças tarifárias de Trump pairando sobre o continente. O par EUR/USD será um indicador importante para avaliar a continuidade da força do dólar.
Perspectiva técnica para o DXY
Desde outubro, o índice DXY vinha em trajetória de alta, atingindo 110. Contudo, uma mudança ocorreu após a postura mais branda de Trump sobre tarifas em meados de janeiro, levando o DXY a romper seu canal de alta. Atualmente, o índice testa o suporte Fib 0,236 em 107,8. Caso não consiga superar a resistência em 108,7, uma queda para o suporte Fib 0,382 em 106,35 é provável.Por outro lado, se o dólar se mantiver acima de 107,8, poderá abrir caminho para uma recuperação, com 108,7 como próxima resistência antes de mirar os 111. Qualquer forte liquidação pode levar o índice a testar o suporte em 106,35, e a quebra desse nível pode desencadear uma correção mais acentuada para a faixa de 103-105.
Considerações finais
O dólar se encontra no centro das decisões do Fed e do ECB, das políticas comerciais de Trump e de um cenário global volátil. A manutenção dos juros pelo Fed e o corte do ECB podem sustentar a força do dólar, mas as políticas comerciais de Trump e as incertezas sobre tarifas globais devem continuar gerando volatilidade. Dados econômicos sólidos dos EUA podem adiar cortes de juros pelo Fed, favorecendo o dólar, enquanto a retórica de Trump seguirá como fator de influência. Assim, investidores ficarão atentos às decisões do FOMC e às declarações de Trump para definir os próximos movimentos da moeda americana.
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