As negociações de trigo estão enfraquecidas neste fim de ano. De acordo com colaboradores do Cepea, enquanto compradores indicam estar abastecidos até meados de janeiro, produtores não têm necessidade de realizar vendas. Quanto aos preços, apesar da maior disponibilidade de trigo com a finalização da colheita nacional, continuam subindo, sustentados pela valorização do dólar frente ao Real e pela elevada paridade de importação com os países vizinhos. No mercado de farelo, a demanda está baixa, visto que compradores estão abastecidos – muitos utilizam outros substitutos na ração e as condições das pastagens estão melhores. Além disso, as indústrias geralmente diminuem a moagem ou paralisam as atividades no fim de dezembro. No caso das farinhas, o mercado segue estável, e os preços, em elevação.
AÇÚCAR/CEPEA: INDICADOR OSCILA, MAS RENOVA RECORDE NOMINAL
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, oscilou com certa força nos últimos dias, movimento típico para este período do ano, devido ao baixo ritmo de negócios no mercado à vista. Segundo colaboradores do Cepea, compradores costumam adquirir com antecedência, devido às férias coletivas e festas de fim de ano, diminuindo, assim, a demanda no spot paulista. Apesar da oferta restrita do cristal no correr de toda esta temporada 2021/22, algumas usinas chegaram a vender a preços mais baixos na última semana, tendo em vista as poucas oportunidades de negócios. No entanto, apesar das oscilações, o Indicador renovou a máxima nominal no dia 16, fechando a R$ 157,43/sc. No balanço da semana (de 13 a 17 de dezembro), a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 154,95/sc, pequena queda de 0,02% em relação à da semana anterior (de R$ 154,98/sc).
ETANOL/CEPEA: PROCURA NÃO CRESCE COMO O ESPERADO, MAS INDICADORES VOLTAM A SUBIR
Após cinco semanas em queda, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (São Paulo) subiu 1,1% entre 13 e 17 de dezembro, fechando o período com média de R$ 3,3567/litro. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ avançou 0,99% frente à semana anterior, a R$ 3,8767/litro. Para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa diário, a média entre 13 e 17 de dezembro foi de R$ 3.428,00/m3, alta de 0,98% na mesma comparação. Segundo colaboradores do Cepea, o suporte aos valores veio da manutenção do volume de etanol hidratado negociado no mercado spot. Além disso, foi verificada uma aquisição adicional por parte de alguns compradores, devido à proximidade das festas de fim de ano, época em que a circulação de veículos aumenta. Ressalta-se, também, que, entre 13 e 17 de dezembro, a relação entre os preços do etanol hidratado e os da gasolina C se movimentou em direção aos 70% nas bombas paulistas, o que resultou em aquecimento, mesmo que não tão expressivo, da demanda por parte das distribuidoras. Do lado das usinas, a postura ainda foi de firmeza quanto aos preços, mesmo com a pressão exercida por compradores.
ALFACE/CEPEA: TEMPERATURA E UMIDADE ELEVADAS ACARRETAM PERDAS EM SP; PREÇO CAI
O calor e a umidade elevada dos últimos dias favoreceram a incidência de fungos e bacterioses nas roças do interior de São Paulo, prejudicando a qualidade das alfaces. De acordo com produtores de Mogi das Cruzes e de Ibiúna consultados pelo Hortifruti/Cepea, esse cenário acarretou perda de mercadoria na última semana (13 – 17). Mesmo assim, a oferta da folhosa aumentou, devido ao maior plantio em novembro, o que, somado à demanda enfraquecida, acabou pressionando os valores. Em Mogi, o preço da crespa fechou a semana com média de R$ 16,94/cx com 20 unidades, 15,3% menor que a da semana anterior; para a americana comercializada na mesma praça, a média fechou a R$ 17,25/cx com 12 unidades, recuo de 4,16%. Na região de Ibiúna, as médias foram de R$ 12,62/cx com 20 unidades para a crespa, de R$ 10,25/cx com 20 unidades para a lisa, e de R$ 17,41/cx com 12 unidades para a americana, fortes desvalorizações de 15,83%, 26,78% e 14,34%, nesta ordem.