Segundo pesquisadores do Cepea, as negociações envolvendo o trigo da nova temporada (2022/23) ainda estão em ritmo lento, mas vêm aumentando gradualmente, à medida que o cereal colhido é disponibilizado no spot nacional. Quanto aos preços, a estimativa de uma safra recorde no Brasil tem mantido os valores em queda. De acordo com a Conab, 9,36 milhões de toneladas de trigo devem ser colhidas, alta de 22% em comparação à safra anterior (2021/22). Isso é resultado do aumento de 10,6% na área com a cultura, somando 3,03 milhões de hectares. A produtividade deve ser 10,3% maior que a de 2021/22, indo para 3,091 toneladas/hectare.
ETANOL: INDICADOR DO HIDRATADO RECUA PELA SEXTA SEMANA SEGUIDA
Entre 5 e 9 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado no estado de São Paulo fechou a R$ 2,2275/litro, recuo de 3,71% frente ao período anterior. Trata-se da sexta queda consecutiva deste Indicador. Segundo pesquisadores do Cepea, diante da desvalorização do biocombustível nas bombas, a demanda por hidratado até se aqueceu nas usinas em alguns dias da semana passada, mas os negócios não foram suficientes para dar sustentação ao valor médio deste etanol neste momento da safra, que é marcado pelo aumento na oferta.
MELÃO: PREÇOS CAEM NO VALE (BVMF:VALE3), DEVIDO À CONCORRÊNCIA COM RN/CE
A desvalorização do melão amarelo foi grande na semana passada, no Vale do São Francisco (BA/PE). A variedade a granel foi comercializada à média de R$ 2,18/kg, queda de 28% frente à da semana anterior. A mudança brusca nos preços é justificada, segundo produtores locais, pela maior concorrência com a fruta vinda do Rio Grande do Norte/Ceará – a oferta da safra potiguar/cearense está em constante aumento. A previsão para as próximas semanas é de que o preço do melão se estabilize ou caia ainda mais.