Conversamos hoje com compradores e vendedores de trigo paranaense, no foco a comercialização e algum comentário sobre a qualidade disponível.
Nos vendedores, reportes se repetiram entre os consultados, com ofertas entre R$ 550 até 610/ton variando quanto à qualidade e a localidade de oferta do produto. Nota-se mercado com demandas pontuais, buscando mais trigos branqueadores neste instante.
Esta demanda não tão presente fez com que as maiores altas recentes (principalmente no Norte do Paraná) não estejam sendo capitalizadas imediatamente em negócios, principalmente por conta do aumento da oferta nos Campos Gerais. Esta última região que surpreendeu pela qualidade, que embora não seja excelente, tem aptidão para produção de farinhas industriais (especial e comum) e uma boa coloração até o presente momento (vendedores e compradores de outras regiões esperavam baixíssima qualidade para a região).
Falando em qualidade, segundo compradores, o trigo do Norte do Paraná tem boa aptidão panificável, mas coloração em muitos casos mediana, daí a grande procura pelos trigos branqueadores (preços de negócios entre R$ 570-580/ton). Pedidas mais baixas para os trigos com classificação pão tipo 1 mas com qualidade variável (os Quartzo e correlatos), sendo estes em alguns casos vendidos de forma “casada” com trigos melhoradores ou branqueadores a US$ 550-555/ton.
Ofertas na região de Guarapuava e Sudoeste do Estado com pedidas mais baixas em relação às demais origens (R$ 540/ton) por conta da maior variação da qualidade e sanidade e Campos Gerais entre R$ 540-565/ton valores de negócios mais recentes para as diferentes qualidades, sendo que as pedidas já chegaram aos R$ 580/ton.Vale ressaltar que as pedidas chegaram a R$ 520/ton no momento da colheita, com negócios pontuais a R$ 500/ton. Preços atuais mostram já um bom avanço dos preços, sendo que as pedidas de atacado estão superiores aos preços mínimos. Ainda assim, com custos de limpeza, secagem, classificação e com demais descontos, os produtores locais seguem recebendo preços inferiores ao mínimo, e por isso negociando parte de seu produto via leilões de PEPRO.