Consultas hoje aos vendedores de trigo paranaense, com destaque aos negócios realizados até o presente momento na safra nova. Destaque ao comportamento ainda seletivo por parte dos compradores.
Nos entrevistados desta semana na venda de trigo paranaense, destaque aos preços abaixo dos preços mínimos mesmo na venda de atacado. Preços de negócios reportados entre R$ 520-540/ton FOB Norte e Oeste do Paraná, sendo que preços pagos por moinhos de Curitiba-PR (trigo + frete) é de R$ 560/ton.
Nota-se que mesmo nestes preços, compradores não tem firmado posições expressivas, jogando ainda com mais quedas e pressionando a disponibilidade de estoques dos vendedores. Moinhos de São Paulo pedem amostras mas não tem fechado volumes ao menos nos entrevistados de hoje. O momento é de colheita em São Paulo também, com preços locais mais baixos no comparativo com os lotes paranaenses (R$ 560-580/ton posto em moinhos da capital e litoral de SP), logo acredita-se que apenas com o fim da oferta local (que é pequena), os moinhos paulistas se voltarão ao trigo paranaense.
Quanto à qualidade, peso por hectolitro alto (até acima de 80 kg/hl) e garantia de qualidade compatível com a classe pão tipo 1 por parte dos vendedores. Curiosamente os vendedores não tem a noção das características reológicas e farinográficas de seus lotes, porém moinhos que conversamos nesta semana, destacaram que mesmo o trigo do Oeste do Paraná (que teve chuvas acima do normal em parte do ciclo), tem excelente qualidade, com possibilidade de mescla inclusive nas farinhas de panificação.
Um “mar de trigo” no Paraná este ano, sendo que a maior parte ainda está por vir, com a colheita na região de Guarapuava e Campos Gerais, onde a produtividade e a tecnologia empregadas são sempre expressivas pela impossibilidade de plantio da safrinha.