Entrevistados no mercado de trigo gaúcho nesta terça-feira destacaram uma demanda lenta, mas ainda presente pelo trigo no Estado. Mas ainda assim, vendedores em situações diferentes de abastecimento e de qualidade de produto ditam a variação de preços neste instante.
Consultados neste início de semana indicam que apenas pequenos lotes tem sido negociados, que o peso por hectolitro disponível não é bom, e ainda que a qualidade da maioria dos lotes foi afetada principalmente quanto à força de glúten. Isso sem falar no teor da micotoxina DON. Aliás, o teor de micotoxina é um argumento que tem segurado os preços dos lotes, já que muitas indústrias estão de olho na contaminação do trigo gaúcho.
Quanto aos preços, reportes de valores agora entre R$ 470-500/ton FOB para o produto safra nova. As compras de trigo paranaense trazem um inconveniente de imposto, e por isso novas compras tem sido fechadas em ritmo lento. No trigo segregado ou da safra 2013, preços ainda a R$ 600/ton ou mais (FOB interior), mas os volumes restante não são representativos.
Todos tem a noção que há pouco trigo no Estado (após PEPRO e exportações), ainda que os estoques da safra anterior estivessem em grande parte nas mãos dos moinhos, algo que explica a movimentação lenta de compra nos últimos meses. Além disso, os moinhos tem uma limitação de capacidade física para compras, e a moagem abaixo dos anos anteriores contribui para um consumo mais lento do que o habitual no início do ano safra.
Importações de trigo argentino, paranaense e quem sabe até americano são as principais opções do trigo local. Há pequenos volumes no Paraguai e ainda no Uruguai, sendo que este último teve qualidade afetada pelo clima, assim como no Rio Grande do Sul nesta safra.