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Trigo: Baixa procura reduz preços, mas dólar e oferta da Argentina limita alta

Publicado 24.01.2023, 17:37
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As cotações domésticas do trigo em grão seguiram em baixa no Brasil nos últimos dias, pressionadas pela posição retraída de compradores, que apontam ter estoques para as próximas semanas – agentes consultados pelo Cepea estão aguardando os preços ficarem mais atrativos para então efetuarem novas aquisições, fundamentados na safra brasileira recorde. Além disso, os moinhos do País têm enfrentado dificuldades em vender os subprodutos do cereal, devido à baixa demanda. No entanto, vale ressaltar que o movimento de baixa dos preços foi limitado pela valorização de 2,14% do dólar frente ao Real entre 13 e 20 de janeiro e pela baixa produção de trigo na Argentina, o que se deve às condições climáticas desfavoráveis às lavouras do cereal no país vizinho na temporada 2022/23.

AÇÚCAR/CEPEA: VENDAS SEGUEM BAIXAS NO SPOT

O ritmo das negociações de açúcar cristal branco no mercado spot de São Paulo seguiu baixo por mais uma semana. A oferta restrita neste período da entressafra 2022/23 tem sido acompanhada por uma demanda pouco aquecida. De acordo com pesquisadores do Cepea, as usinas com maior necessidade de caixa venderam lotes do produto de melhor qualidade (tipo Icumsa 180) a preços menores. Também segue baixa a liquidez de novos contratos para exportação do cristal branco Icumsa 150 – para embarque neste fim de janeiro e em fevereiro. Tradings, por sua vez, sinalizam menor disponibilidade dessa qualidade de açúcar para fechamentos adicionais, sendo que o maior volume já está comprometido com contratos fixados anteriormente. De 16 a 20 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 134,26/saca de 50 kg, queda de 0,09% em relação à da semana anterior (de R$ 134,38/sc).

ETANOL/CEPEA: COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA POR MAIS UMA SEMANA

As cotações dos etanóis anidro e hidratado recuaram novamente no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada. De modo geral, compradores estiveram ausentes para novas negociações e mantiveram o abastecimento por meio de contratos e compras realizadas em períodos anteriores. Assim, a liquidez esteve baixa. Por outro lado, segundo pesquisadores do Cepea, há expectativa de que a demanda se fortaleça nos próximos dias, uma vez que os preços mais baixos nas usinas têm sido repassados aos valores nos postos. Além disso, com o retorno das aulas em fevereiro, o fluxo de automóveis nas cidades tende a aumentar. Entre 16 e 20 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado no segmento produtor do estado de São Paulo fechou a R$ 2,5597/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), baixa de 1,15% frente ao do período anterior. Quanto ao anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,9370/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 4,73%. Em relação ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Paulínia – SP), a média da semana passada foi de R$ 2.649,60/m³, queda de 2,16% frente à da semana anterior. 

ALFACE/CEPEA: CHUVAS SEGUEM RESTRINGINDO PRODUÇÃO NO INTERIOR PAULISTA

A oferta de alfaces esteve bastante baixa no cinturão verde paulista (Ibiúna e Mogi das Cruzes) nos últimos dias, devido às menores produtividade e qualidade das roças.  De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, a quebra na produtividade é reflexo do excesso de chuvas, que vem resultando em mela e menor desenvolvimento, devido ao menor fotoperíodo. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta controlada, somada ao aumento da procura pela alface de Mogi (devido à quebra de safra também em outras localidades), resultou na terceira alta semanal consecutiva de preços na praça paulista. Vale ressaltar que, nas duas regiões de SP, chuvas constantes elevaram a incidência de doenças fúngicas e bacterioses. Assim, a perspectiva é de que as perdas continuem nos próximos dias. 

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